segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Balança tem o maior déficit da história para meses de novembro

Contêineres armazenados nos terminais da Santos Brasil, no Porto De Santos

A balança comercial brasileira registrou déficit de 2,35 bilhões de dólares no mês de novembro, o pior para o mês, segundo os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O número é o resultado da diferença entre 15,64 bilhões de dólares em exportações 17,99 bilhões de dólares em importações. No acumulado de janeiro a novembro, o déficit somou 4,22 bilhões de dólares, o pior resultado para o período desde 1998, quando o saldo ficou negativo em 6,11 bilhões de dólares. As exportações no ano somam 207,61 bilhões de dólares e as importações, 211,83 bilhões de dólares. Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central para o boletim Focus estimam que o País registre um saldo comercial de zero em 2014. As exportações brasileiras tiveram queda de 25% em novembro quando comparadas com a média diária de novembro de 2013. As vendas externas de manufaturados caíram 31,7% no período por conta, principalmente, da retração em óleos combustíveis, veículos de carga, açúcar refinado, automóveis de passageiros e tratores. O grupo de produtos básicos teve uma retração de 25%, puxada por soja em grão, minério de ferro, fumo em folha, farelo de soja, milho em grão e minério de cobre. Nos semimanufaturados, houve um recuo de 6,2%, principalmente por conta de ferro fundido, ouro em forma semimanufaturada e açúcar em bruto.  As exportações para a Ásia tiveram queda de 31,5%, sendo que para a China a queda foi de 41%. Para o Mercosul, o recuo foi de 22,8% e, para Argentina, de 28,4%. As vendas brasileiras em novembro para União Européia caíram 22,6%. Por outro lado, os embarques no mês passado para os Estados Unidos cresceram 24,5%. As importações de combustíveis e lubrificantes tiveram alta de 9,8% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o aumento ocorreu pela elevação dos preços e das quantidades embarcadas de óleos combustíveis, nafta, petróleo e gasolina. Apesar do movimento de alta nesses produtos, a média diária de importações encolheu 5,9%. No segmento de bens de consumo, a queda foi de 9,3% no mês passado, puxada por bebidas e tabacos, produtos de toucador, partes e peças para bens de consumo duráveis, móveis, objetos de adorno, automóveis de passageiros e produtos farmacêuticos. As importações de bens de capital caíram 8,1% e as de matérias-primas e intermediários tiveram recuo de 8,3%. As compras brasileiras da União Européia diminuíram 18,6% e as provenientes do Mercosul tiveram retração de 4,2%. Os produtos vindos da Argentina tiveram queda de 3,3%. As importações brasileiras dos Estados Unidos apresentaram uma redução de 1,8% e as da Ásia, recuo de 4,9%.

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