quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Vem aí o "tarifaço" da Dilma. E junto com ele, velhos impostos serão ressuscitados

Depois de acabar com a Lei de Responsabilidade Fiscal, por ter promovido uma verdadeira gastança der mais de R$ 100 bilhões para se reeleger, Dilma Rousseff prepara um "tarifaço" para que o povo, como sempre, pague a conta. Junto com o aumento das tarifas públicas, está certa a volta da Cide, o imposto sobre combustíveis. Em seguida, será a CPMF. E a tabela do IR pessoa física até agora nada. A volta da cobrança da Cide (contribuição para regular o preço dos combustíveis) faz parte do pacote fechado pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) e apresentado na terça-feira à presidente Dilma Rousseff com medidas para reequilibrar as contas públicas. A decisão final será tomada em reunião da presidente com a nova equipe econômica. Nesta terça-feira, ela recebeu no Planalto o futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Na reunião, da qual participaram Alexandre Tombini, que será mantido no cargo como presidente do Banco Central e Aloizio Mercadante (Casa Civil), foram discutidas as novas medidas e a futura equipe econômica. Os nomes ainda não foram anunciados porque Dilma queria esperar a aprovação, pelo Congresso, de autorização para que o governo descumpra a meta fiscal deste ano. O projeto ainda não passou pelo plenário. Além da Cide, o plano inclui propostas de redução de despesas com seguro-desemprego, abono salarial e pensão pós-morte. As duas primeiras atingem cerca de R$ 45 bilhões por ano. Técnicos disseram que a proposta de retorno da Cide tem cenários com recomposição parcial ou integral do valor que era cobrado em 2008 - R$ 0,28 por litro de gasolina e R$ 0,07 por litro de diesel. A tendência, caso a medida seja aprovada, é fazer uma volta parcial. A contribuição, que foi sendo reduzida ao longo dos últimos anos e zerada em 2012 para segurar os preços dos combustíveis, pode gerar cerca de R$ 14 bilhões de receita por ano se cobrada em seu maior valor. Além de reforçar o caixa do governo federal, que está no vermelho, a volta da Cide é uma reivindicação do setor de etanol para tornar o combustível mais competitivo. Levy e Barbosa estavam na terça-feira a Brasília para reuniões com a presidente Dilma a fim de fechar as linhas gerais das medidas que devem ser divulgadas no anúncio oficial da nova equipe, nesta quinta-feira (27). Mantega deve se despedir de sua equipe já na sexta-feira, embora a transmissão do cargo possa ficar para a segunda-feira. Dilma está fechando também a escolha de outros nomes da equipe econômica. No Tesouro Nacional, são cotados Tarcisio Godoy, que foi secretário-adjunto do órgão quando foi chefiado por Joaquim Levy no governo Lula, e Carlos Hamilton, diretor de Política Econômica do Banco Central. No BNDES, Luciano Coutinho pode ficar mais um ano. Para a presidência do Banco do Brasil, ela analisa os nomes de Paulo Cafarelli - hoje secretário-executivo da Fazenda - e do vice-presidente do banco Alexandre Abreu. Na Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda deve continuar no comando da instituição.

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