"Isso não é uma caça às bruxas", garante o coordenador da macrorregião do PT em Ribeirão Preto, Moacir Caporusso Júnior, sobre a possibilidade de três prefeitos serem expulsos do partido por apoiarem candidatos tucanos na eleição passada. Eles já foram condenados em nível local e agora caberá ao Diretório Estadual definir a situação deles em reunião marcada para a próxima sexta-feira, 14. Caporusso responde por 84 municípios do Estado, estando os três envolvidos sob sua "jurisdição". São eles o prefeito de Barrinha (SP), Mituo Takahashi (PT); o de Dobrada (SP), Emídio Bernardo do Nascimento Júnior (PT); e o de Boa Esperança do Sul, Edinho Raminelli (PT). Mituo Takahashi, ou "Katiá", de Barrinha, foi cassado pelo diretório local por apoiar deputados tucanos, enquanto o de Boa Esperança do Sul, Raminelli, teve a mesma pena por comparecer a um evento de apoio a Aécio Neves, candidato à presidência pelo PSDB. O prefeito de Dobrada, Emídio Júnior, ou "Juninho" como é conhecido, foi denunciado por apoiar Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito ao governo estadual paulista. Ao contrário dos outros, ele ainda não foi cassado pelo diretório local, mas pode ter esse destino definido diretamente pelo diretório estadual. "Não existe a necessidade de uma cassação local primeiro", garante o coordenador do PT. Moacir Coporusso explica o fato de não achar esses julgamentos contra os petistas uma espécie de caça às bruxas. "Foram feitas filmagens, fotos e recolhidos panfletos que mostram essa relação dos prefeitos com candidatos que não eram da linha de aliança do PT", afirma. Indagado sobre a previsão com relação ao resultado do julgamento, o dirigente petista diz não saber, mas deixa claro que a situação está complicada para os denunciados. "Não sou da Comissão de Ética, mas se eles apoiaram esses candidatos, têm de seguir o caminho deles". E completa: "São casos de políticos há pouco tempo no partido. Não é certo fazer escada no PT".
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