sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Portugal avança com privatização da TAP, aliena 61% a investidores

O governo português vai privatizar 66% da companhia aérea TAP-SGPS, reservando uma fatia de 61% para um ou mais investidores de referência, visando não um reforço financeiro mas sim a capitalização da empresa, pois o governo português não pode injetar dinheiro público, afirmou o secretário de Estado para Transportes, Sérgio Monteiro, nesta quinta-feira. Ele adiantou que um lote de 5% da companhia ficará reservado para os funcionários da TAP, e que o governo reservou a opção de venda dos 34% restantes, que poderão ser adquiridos pelos investidores de referência dentro de dois anos após a privatização. "O Estado espera propostas que preservem o valor estratégico da empresa e reforcem sua contribuição para a competitividade do país", disse, reiterando o objetivo de que o futuro parceiro mantenha o caráter da companhia. "O Estado não visa um reforço financeiro com a privatização, e sim pretende garantir que a TAP fique adequadamente capitalizada", agregou Monteiro. Ele afirmou que o governo português mantém o "diagnóstico" de que a empresa se beneficiará se tiver capital novo para viabilizar investimentos. O ministro lembrou também que "o Estado não pode injetar dinheiro na TAP por imposição de regras comunitárias e porque precisa canalizar seus recursos para outros fins". Monteiro havia indicado que a eventual privatização da companhia incluiria a unidade de manutenção no Brasil, que vem acumulando prejuízos. Em setembro, o ministro da Economia, António Pires de Lima, tinha dito que considerava positivo já haver várias manifestações de interesse na compra da TAP, mas que não avançaria com a privatização "sob pressão".

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