terça-feira, 18 de novembro de 2014

Polícia Federal pede prorrogação da prisão de empresários

A Polícia Federal encaminhou nesta terça-feira à 13ª Vara Criminal do Paraná pedido de prorrogação da prisão temporária de seis envolvidos no esquema do petrolão, entre eles o ex-diretor de Serviços da Petrobras, o petista Renato Duque. A decisão sobre a liberdade ou não de cada um deverá ser tomada pelo juiz Sergio Moro ainda nesta terça-feira. O Ministério Público Federal também se manifestou favorável à manutenção da prisão de parte dos suspeitos de envolvimento no petrolão. Em documento enviado ao juiz Sergio Moro, os procuradores federais defendem que continuem detidos o ex-diretor da Petrobras, o petista Renato Duque; os executivos da Camargo Corrêa, Dalton Avancini (presidente) e João Ricardo Auler; o diretor financeiro da OAS, Mateus Coutinho de Sá Oliveira; o advogado Alexandre Portela Barbosa; o presidente da OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, e o presidente da UTC, Ricardo Pessoa. Ao embasar os pedidos de prorrogação das prisões, os procuradores apontam ainda haver risco de fuga do petista Renato Duque caso ele seja colocado em liberdade. O Ministério Público também defende que continuem presos Othon Zanoide de Moraes Filho, Ildefonso Colares Filho e Jayme Alves de Oliveira Filho. Ao defender a prorrogação da prisão por mais cinco dias, a Polícia Federal afirma haver indícios de vazamento de parte da operação, o que teria beneficiado os suspeitos, e destaca que, desde a prisão de executivos e ex-diretores da Petrobras na última sexta-feira, ainda não foi possível analisar todos os documentos e dados apreendidos a partir dos mandados judiciais nem explorar possíveis contradições, como a participação e responsabilidade do petista Renato Duque no esquema criminoso. “Não foi possível estabelecer o confronto de eventuais declarações divergentes, como por exemplo no caso de Renato de Souza Duque, bem como a análise, embora preliminar, do material apreendido, a partir de um questionamento específico aos presos, acerca de eventuais documentos arrecadados”, diz a Polícia Federal no pedido enviado à Justiça. No documento, o delegado Márcio Adriano Anselmo se manifesta ainda pela liberdade de outros nove suspeitos de integrar o esquema: Ednaldo Alves da Silva (UTC), Carlos Eduardo Strauch Albero (diretor da Engevix), Newton Prado Junior (diretor da Engevix), Otto Garrido Sparenberg (diretor da IESA), Jayme Oliveira Filho (ligado ao doleiro Alberto Youssef), Valdir Lima Carreiro (diretor-presidente da IESA), Othon Zanoide de Moraes Filho (diretor da Queiroz Galvão), Ildefonso Colares Filho (ex-diretor-presidente da Queiroz Galvão) e Carlos Alberto da Costa Silva (UTC).

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