domingo, 30 de novembro de 2014

Petistas defendem afastamento de delegados federais da Operação Lava Jato

Integrantes da "Mensagem", a segunda maior corrente interna do PT, apresentaram na sexta-feira, ao diretório nacional do partido, uma proposta de resolução política que cobra o "afastamento" dos delegados da Polícia Federal envolvidos na Operação Lava Jato que usaram redes sociais para elogiar o tucano Aécio Neves e atacar a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr. em seu livro "Assassinato de reputações"). Segundo o deputado federal Paulo Teixeira e o secretário nacional de Formação do PT, Carlos Henrique Árabe, o controle sobre os vazamentos de informações sigilosas da Operação Lava Jato cabe ao Ministério da Justiça, cujo titular é o "porquinho" petista José Eduardo Cardozo, um dos mais conhecidos integrantes da Mensagem. "Cabe ao Ministério da Justiça zelar para que aquelas autoridades imediatamente encarregadas das apurações zelem pelo devido respeito ao processo legal. Estarreceu a todos os brasileiros a divulgação de que algumas delas postaram na internet materiais de campanha em favor do candidato do PSDB à Presidência e insultos ao ex-presidente e à presidente atual do País. A impessoalidade exigida de agentes públicos, violada neste caso, exigiria o afastamento dos implicados", diz o texto que, segundo fontes petistas, conta com a simpatia do presidente nacional da legenda, Rui Falcão e de todas as outras correntes do partido. Na segunda-feira, o PT enviou à Procuradoria-Geral da República um pedido para que os delegados sejam investigados pelo vazamento de informações sigilosas da Lava Jato. O caso que mais incomoda os petistas é uma reportagem publicada pela revista Veja às vésperas do segundo turno eleitoral contendo trecho do depoimento do doleiro Alberto Youssef no qual ele diz que Lula e Dilma sabiam do esquema de desvios na Petrobrás. Além disso, a Mensagem critica duramente a forma como a Justiça tem tratado as delações premiadas feitas por alguns dos acusados na Operação Lava Jato. Segundo os autores, é inaceitável que a palavra de "criminosos corruptos" seja aceita e divulgada sem provas documentais. "É igualmente inaceitável que a palavra de criminosos corruptos, inclusive já condenados outras vezes, seja aceita como verdadeira mesmo sem prova documental", diz o documento intitulado "Combater a Corrupção".

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