quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Opositora venezuelana Maria Corina Marchado é intimada a depor por conspiração para matar o ditador Nicolas Maduro


O arremedo de Justiça que impera na ditadura da Venezuela bolivariana convocou a ex-deputada María Corina Machado para prestar depoimento no dia 3 de dezembro como acusada por conspiração com o objetivo de matar o presidente Nicolás Maduro. A deputada opositora teve o mandato cassado depois de denunciar a repressão da ditadura venezuelana contra manifestantes e passou a ser alvo da fúria chavista. A teoria conspiratória do governo afirma que María Corina enviou e-mails revelando a intenção de matar o ditador Nicolas Maduro. Sua defesa teme que ela tenha o mesmo destino do chefe do partido de oposição Vontade Popular, Leopoldo López, preso há nove meses em uma penitenciária militar por liderar protestos contra o governo. “Estou consciente disso, mas vou me apresentar em 3 de dezembro à promotoria. Isto é uma coisa grosseira”, disse ela ao jornal espanhol El País. María Corina prestou depoimento sobre o caso em julho, quando a Justiça determinou que ela não poderia deixar o país durante as investigações. À época, María afirmou que foi interrogada por oito horas e em nenhum momento foi questionada sobre o conteúdo dos e-mails que teria enviado a outros opositores. Apesar de a conta de e-mail citada de fato pertencer à ex-deputada, as mensagens são forjadas. Para María, o governo reavivou as estapafúrdias denúncias após o seu pedido para que sejam eleitos cidadãos independentes no processo que escolherá quatro novos membros para o Conselho Eleitoral da Venezuela. “Este é um regime que castiga, ataca e persegue de forma permanente. Não me vendem mais passagens aéreas para viajar às regiões venezuelanas, a polícia política corta a luz dos meus atos públicos e me censuram nos meios de comunicação. O governo quer que desistamos, mas estão errados”, disse Maria Corina Machado.

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