terça-feira, 25 de novembro de 2014

Oposição consegue adiar de novo votação das propostas de manobra fiscal para fechar as contas do governo Dilma

Com resistência da oposição e de setores da base aliada, o Palácio do Planalto não conseguiu colocar em votação nesta terça-feira, no plenário do Congresso, a manobra fiscal que recorreu para fechar as contas do ano. Faltou quorum na Câmara.  O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou no início da noite que a proposta não seria apreciada. O peemedebista ainda vai negociar uma nova data, mas a expectativa é de que haja um novo esforço nesta quarta-feira para discutir o projeto de lei que autoriza o governo a descumprir a meta de economia para pagamento de juros da dívida pública em 2014, o chamado superavit primário. Ministros da área econômica esperavam que a votação da proposta fosse encerrada nesta terça-feira para trazer alívio ao governo. A programação esbarrou nas ações regimentais da oposição que dificultaram a votação dos 38 vetos presidenciais que tinham preferência de votação na sessão do Congresso. Outro ingrediente foi uma espécie de corpo mole de partidos da base aliada que pretendem prolongar a discussão da matéria para pressionar o governo em um momento em que há discussão para a montagem da equipe ministerial do novo mandato da presidente petista Dilma Rousseff. "É absolutamente estranho que a gente assista a um espetáculo de tratoraço no âmbito do Congresso", disse o líder do DEM na Câmara, deputado federal Mendonça Filho (PE). O candidato derrotado do PSDB à Presidência, Aécio Neves (MG), acusou Dilma Rousseff de ter enganado os brasileiros na eleição e de cometer crime de responsabilidade no manejo do Orçamento da União. A oposição deflagrou nesta terça-feira as primeiras ações do que promete ser uma "guerra jurídica" para impedir a aprovação da manobra fiscal. O PSDB já encaminhou um pedido ao Supremo Tribunal Federal para suspender a tramitação do projeto no Congresso. 

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