quarta-feira, 12 de novembro de 2014

O petista Miguel Rossetto dá explicações sobre a roubalheira no Pronaf na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados

Em audiência pública nesta quarta-feira, na Comissão de Agricultura da Câmara, o ministro do Desenvolvimento Agrário, o petista Miguel Rossetto (membro da DS - Democracia Socialista, grupelho trotskista que orbita o PT), foi alvo de críticas da oposição em função do acordo celebrado entre o governo da Venezuela com a organização terrorista clandestina Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). O ministro falou também de denúncias de desvios no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), e reconheceu que há problemas graves localizados nessa política. O líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), centrou sua participação na condenação do acordo dos venezuelanos com o MST. Ele chegou a exibir um vídeo com pronunciamentos do presidente daquele país, Nicolás Maduro, no qual fala sobre as boas relações com o governo brasileiro, e depois mostrou o ato de assinatura do tal acordo com os sem-terra, assinado no Brasil com autoridades venezuelanas. "Este assunto está sendo acompanhado pelo Itamaraty. O Ministério do Desenvolvimento Agrário desconhece esse assunto", disse o trotskista Miguel Rossetto. Irritado, Caiado afirmou que no governo do PT é sempre assim, nunca se sabe de nada. "Que tipo de acordo é possível se fazer com um país como a Venezuela? Só se for de produção de cocaína. Porque direitos humanos não é. Eles não respeitam isso lá. Lá, os defensores do governo Maduro saem em motocicletas atirando contra os opositores. A não ser que seja para dividir conhecimento. E aqui o MST invade terras. Eles são referência da truculência. E no Brasil, temos um governo que se reelegeu na base da mentira, do não sabe de nada", disse Ronaldo Caiado, que anunciou uma ação na Procuradoria Geral da República por crime de responsabilidade contra o ministro por, segundo o parlamentar, ocultar graves ameaças que podem significar esse acordo. Miguel Rossetto falou das denúncias de irregularidades no Pronaf na região de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul. Na véspera da eleição, no dia 2 de outubro, o procurador-geral da República, o engavetador geral Rodrigo Janot, determinou a suspensão de uma operação da Polícia Federal na cidade, que teria apreensões de documentos. O deputado federal Bohn Gass (PT-RS) foi citado como possível envolvido. Rossetto considerou grave as denúncias, disse que a investigação está sendo feita pela Polícia Federal, pelo Banco do Brasil e pelo ministério. A denúncia é que centenas de pequenos trabalhadores rurais apareceram como tomadores de empréstimo rural, recursos que teriam sido repassados a cooperativas e entidades. Mas esses trabalhadores negam que tenham contraído essa dívida. Segundo a oposição, foram registrados até casos de suicídios de agricultores que se encontravam nessa situação. 

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