sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O esquerdista muçulmano Obama enviou carta secreta ao Irã sobre combate ao Estado Islâmico

Aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano

O presidente dos Estados Unidos, o esquerdista americano Barack Obama, enviou uma carta secreta ao verdadeiro chefe do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, sobre o combate ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI). Segundo o Wall Street Journal, na correspondência, o presidente americano salientou o interesse comum em conter o avanço dos jihadistas e afirmou que a cooperação entre os Estados Unidos e o Irã na luta contra o Estados Islâmico estava atrelada ao acordo sobre o programa nuclear da República Islâmica. “A correspondência ressalta que Obama vê o Irã como importante (seja em um potencial papel construtivo ou negativo) para sua emergente campanha diplomática e militar para tirar o Estado Islâmico dos territórios tomados nos últimos seis meses”, afirma a reportagem, citando pessoas com conhecimento sobre a carta como fonte da informação. Segundo o Wall Street Journal, funcionários do governo americano se recusaram a falar sobre o tema, mas integrantes da administração do esquerdista muçulmano Obama não negaram a existência da correspondência ao serem questionados por diplomatas estrangeiros nos últimos dias. O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse nesta quinta-feira que a política americana para Teerã não foi alterada. Sem comentar diretamente a correspondência, ele afirmou que os Estados Unidos discutiram a campanha contra o Estado Islâmico com o Irã à margem das negociações sobre o programa nuclear. “Os Estados Unidos não vão cooperar militarmente com o Irã em nenhum esforço. Não vamos compartilhar inteligência com eles. Mas o interesse deles na questão é algo que tem sido amplamente comentado e que em algumas ocasiões foi discutido à parte de outras conversas”, ressaltou o porta-voz. O presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, declarou em entrevista coletiva que não confia nos políticos iranianos e não acha saudável a inclusão de Teerã na luta contra os jihadistas do EI. A pressão de Obama por um acordo nuclear com o Irã enfrentará mais resistência depois das eleições desta semana, que deram aos republicanos o controle do Senado, aumentando o poder de tanto bloquear um acordo como impor novas sanções contra o país persa. Já foram apresentadas propostas sobre novas punições no Senado. A Casa Branca não informou os aliados americanos no Oriente Médio – incluindo Israel, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos – sobre a carta, informa a reportagem. Os líderes desses países manifestam preocupação crescente de que os Estados Unidos estejam planejando suavizar suas demandas na negociação sobre o programa nuclear. A partir de domingo, o secretário de Estado americano, John Kerry, deve iniciar negociações diretas sobre a questão nuclear com o chanceler iraniano, Javad Zarif, em Omã, no Golfo Pérsico.

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