domingo, 16 de novembro de 2014

Luxuoso Hotel Fasano foi usado de refúgio por alvo do Lava Jato

Com a prisão decretada, o vice-presidente da Mendes Junior, Sérgio Cunha Mendes, informou à Polícia Federal que iria se entregar. O motivo: não queria ser transportado para a superintendência da Polícia Federal em Curitiba no avião da polícia. Sérgio Cunha Mendes desembarcou na cidade na madrugada do sábado, 15, em jatinho particular, e já esta preso. Os pedidos de prisão de 20 executivos das nove maiores empreiteiras do País - quatro deles de seus bilionários presidentes - trouxe cenas inusitadas, como a do jatinho, já comparada à cena do filme Titanic, quando o navio afunda e o violinista continua tocando. A última notícia sobre o paradeiro de Fernando Soares, o Fernando Baiano, foi dada por seu advogado, Mário de Oliveira Filho. Segundo ele, seu cliente fez cooper numa praia do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, na manhã de sexta-feira, 14. Ao saber que a Polícia Federal o procurava, teria pego um avião rumo a São Paulo, onde teria "reuniões". Questionado, o advogado não informou se o lobista se entregará. Operador do PMDB na Petrobras, embora com imóveis em seu nome, Fernando Baiano não tinha endereço fixo. Segundo os investigadores, ele morava em hotéis, que ia trocando conforme se sentia desprotegido. A Polícia Federal nunca conseguiu identificar seu paradeiro, o que permitiu que fizesse cooper pela manhã sem ser descoberto. As investidas da Polícia Federal na casa dele e da irmã não tiveram sucesso. Fernando Baiano representa no Brasil um grupo espanhol com atuação nas áreas de infraestrutura e energia. Segundo o pedido de prisão enviado pelo Ministério Público Federal à Justiça, ele cobrava propinas para obter contratos na Diretoria Internacional da Petrobras, comandada até 2012 pelo diretor Nestor Cerveró. A Polícia Federal também não conseguiu capturar o ex-diretor presidente da Queiroz Galvão, Ildefonso Colares Filho, que acabou se entregando no fim da noite. Investigadores descobriram que ele se escondeu em vários hotéis e, no dia em que teve a prisão decretada, seu refúgio foi o luxuoso hotel Fasano, na orla de Ipanema, no Rio de Janeiro. Agentes da Polícia Federal chegaram a ir até lá, mas Colares Filho já havia saído. O Fasano é o preferido de celebridades. Já se hospedaram nele Jennifer Lopez, Madonna, Lady Gaga, Taylor Lautner e Kate Perry, por exemplo. As diárias chegam a custar R$ 5 mil. Até às 13 horas de sábado não haviam se entregado Dalton dos Santos Avancini (presidente da Camargo Correa) e João Carlos Auler, da Camargo Correia. Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo, deve se entregar logo. 

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