quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Joaquim Levy, o ministro banqueiro de Dilma Rousseff

Joaquim Levy, anunciado oficialmente nesta quinta-feira como futuro ministro da Fazenda, comandou a Secretaria do Tesouro Nacional na gestão de Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, durante o primeiro mandato do ex-presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr, em seu livro "Assassinato de reputações"). Na época, o governo buscava conquistar a confiança dos agentes econômicos. Para contribuir com este objetivo, Levy ajudou a promover, entre 2003 e 2006, um dos maiores ajustes fiscais já realizado no País. Ele teve como principal marca a austeridade e é reconhecido por seu perfil ortodoxo. Pessoas próximas o definem como determinado, obsessivo por trabalho e tão teimoso quanto a presidente, apesar de ser gentil e bem-humorado no trato pessoal. A primeira passagem de Levy no governo, no entanto, foi em 2000, quando foi secretário-adjunto de política Econômica do Ministério da Fazenda. No ano seguinte, assumiu o cargo de economista-chefe do Ministério do Planejamento. Quando foi secretário da Fazenda no Rio de Janeiro, entre 2007 e 2010, fez o Estado ser o primeiro do Brasil a ter o selo de grau de investimento da agência Standard and Poor’s. Levy foi um dos principais adversários da mudança do regime de exploração do petróleo no Brasil, de concessão para partilha.  Atualmente,com 53 anos, Levy é o diretor-superintendente do Bradesco Asset Management, braço de gestão de recursos do Bradesco. Com a mudança de cargo, o executivo vai abrir mão de um salário de entre 1 a 3 milhões de reais anuais para os cerca de 320,67 mil anuais (ou 26,72 mil reais mensais), recebidos por ministros de Estado. De formação, é engenheiro naval, mestre em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e doutor pela ultra-ortodoxa Universidade de Chicago. Em sua trajetória profissional, exerceu funções no Fundo Monetário Internacional (FMI), no Banco Central Europeu (BCE) e no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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