quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Janot diz que Operação Lava Jato terá ainda mais "cinco ou seis" delações

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que há outras delações premiadas em curso no âmbito da operação Lava-Jato

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, também conhecido como Engavetador Geral da República, afirmou na tarde desta quarta-feira que outras "cinco ou seis" delações premiadas no âmbito da operação Lava Jato ainda estão em curso. Ao menos três colaborações já foram finalizadas, entre elas a do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, que já foi inclusive homologada pela Justiça. Janot pediu ao relator do caso no Supremo Tribunal Federal, ministro Teori Zavascki, que aguardasse mais 30 dias para analisar o pedido de cisão dos fatos citados pelo ex-diretor. A intenção é manter no Supremo apenas casos de investigação relativos a autoridades com prerrogativa de foro. Ele disse ter recebido na terça-feira as três delações finalizadas que foram submetidas ao ministro do STF. "Como eu tinha uma delação premiada na qual tinha feito o pedido de cisão e existem outras delações em curso, eu tenho que entender toda essa situação no seu contexto maior. Eu não posso cindir agora algo que na frente eu vá chegar à conclusão que eu devia ter cindido", disse Janot. De acordo com ele, atualmente há executivos de empresas, servidores e doleiros no processo de delação. "Há possibilidade de que existam mais delações. O fenômeno que está acontecendo é que quanto mais pessoas procuram o Ministério Público para falar, outras se sentem incentivadas a vir também", afirmou o procurador. Se no prazo de 30 dias as delações não chegarem ao final, Janot pedirá novamente ao ministro do STF para adiar o prazo de análise do pedido para cindir o caso. "Que haverá cisão, com certeza haverá", disse. "Aquilo que não puder ser cindido em razão da prova, no limite fica também no Supremo. A ideia é que todo o resto vá para a primeira instância, que é o foro natural para prosseguir", afirmou. Janot disse ainda que primeiro é preciso finalizar a processo de delação para então avançar nas providências a serem tomadas. "Nós estamos colhendo primeiro o caminho das provas. Como eu vou, no meio do caminho, colher provas e parar a coleta das informações?", afirmou. 

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