sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Irmão de ex-ministro do regime petista diz "não suportar" mazelas causadas por mandado de prisão

Adarico Negromonte, irmão do ex-ministro das cidades e deputado federal Mário Negromonte (PP-BA), afirma "não suportar mais as mazelas" decorrentes do pedido de prisão que a Justiça Federal expediu contra ele. Ele é o único dos investigados pela sétima fase da Operação Lava Jato que as autoridades consideram foragido. A reclamação de Negromonte está em um pedido de revogação do pedido de prisão temporária que seus advogados apresentaram nesta sexta-feira, 21. Os defensores dizem que seu cliente se apresentará na segunda-feira, 24 de novembro, mas querem garantir que ele não será preso. Os advogados reconhecem que o irmão do ex-ministro sabe da existência do pedido de prisão desde a sexta-feira da semana passada, dia 14. Mesmo assim, negam que Adarico Negromonte seja um foragido. Motivo: os policiais não teriam procurado por ele em sua casa, na cidade de Registro (SP). Na terça-feira desta semana, os advogados informaram ao juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Criminal federal de Curitiba, que a Polícia Federal procurou seu cliente na capital paulista e não na cidade de Registro, no interior de São Paulo. "De tal modo (...) não pode ser considerado como foragido da Justiça", alegaram. Negromonte é acusado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal de ter transportado malas de dinheiro para o doleiro Alberto Youssef. Esse seria, de acordo com as autoridades, o envolvimento do irmão do ex-ministro no escândalo que já prendeu dirigentes de algumas das principais empreiteiras do País e ex-diretores da Petrobrás. "Youssef é líder de uma organização criminosa especializada em operações à margem do sistema financeiro nacional formada por subordinados diretos, parceiros de confiança, 'laranjas' e 'mulas' que carregam os numerários", diz uma ação penal em que o doleiro é réu. O transporte dos valores em malas e no corpo das "mulas" serviria para facilitar a movimentação do dinheiro do grupo de Youssef e dissimular a lavagem de dinheiro do esquema, de acordo com as autoridades.

Nenhum comentário: