sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Iraque expulsa o Estado Islâmico de cidade com maior refinaria do país

O exército iraquiano informou nesta sexta-feira que rechaçou por completo os terroristas do grupo Estado Islâmico (EI) que ocupavam Baiji, cidade localizada 200 quilômetros ao norte de Bagdá e onde está instalada a maior refinaria de petróleo. O general Abdul-Wahab al-Saadi afirmou à televisão estatal que a área urbana foi completamente liberada, mas ainda há relatos de batalhas nas proximidades da unidade petrolífera. Acredita-se que a estrada que leva ao local esteja repleta de emboscadas armadas pelos jihadistas. Segundo um capitão do Exército, aviões de guerra estão sendo deslocados para bombardear os radicais que ainda se concentram na região. Ganhos expressivos em Baiji começaram a ser registrados pelo Exército do Iraque no domingo. Oficiais disseram que os militares usaram sistemas de som para pedir que os moradores ficassem dentro de suas casas durante a operação. Segundo a BBC, 200.000 pessoas moram na cidade. As tropas iraquianas consideram o controle de Baiji estratégico para o combate contra o Estado Islâmico. Além de capturar a refinaria, responsável por um quarto da produção de petróleo do país, os militares esperam utilizar a cidade para chegar a outras fortalezas dos terroristas. Baiji está situada na principal estrada que dá acesso a Mosul, a segunda maior cidade do país e que se encontra sob domínio do Estado Islâmico, e a Tikrit, um reduto jihadista localizado ao sul do país. Um novo relatório divulgado pela ONU nesta sexta-feira acusa o Estado Islâmico de cometer crimes de guerra e impor à Síria um domínio de terror”, reportou a BBC. O documento, escrito com base nos depoimentos de mais 300 pessoas, destaca que o Estado Islâmico está empregando “violência extrema” contra a população. Fotos e vídeos que também foram analisados pelos especialistas indicam que uma das estratégias utilizadas para amedrontar os cidadãos é deixar cadáveres em espaços públicos, o que serviria de aviso para os residentes obedecerem aos terroristas.

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