quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Indústria automobilística prolonga as férias dos operários para ter mais tempo para desovar estoques

As montadoras pretendem prolongar as férias coletivas este ano, em uma última tentativa de desovar o excesso de veículos existente nos pátios das concessionárias. O estoque superou a produção em 120,1 mil unidades em outubro. Foram 413,4 mil carros encalhados, o suficiente para 40 dias de vendas. A meta do setor automotivo é reduzir o número para 30 a 35 dias, favorecendo uma retomada da produção em 2015. As montadoras costumam liberar os funcionários apenas nas duas últimas semanas de dezembro. Mas, pressionadas pela desaceleração do mercado interno e pela queda das exportações, as indústrias de veículos de passeio estão redefinindo o recesso de fim de ano. A fábrica da Ford em São Bernardo do Campo (SP) e as fábricas da General Motors em  São Caetano do Sul (SP) e em São José dos Campos (SP), por exemplo, decidiram dar férias coletivas de um mês. As indústrias de veículos comerciais também têm sido afetadas pelo excesso de estoque. As fábricas da Mercedez-Benz, maior montadora de caminhões do País, em São Bernardo do Campo (SP) e em Juiz de Fora (SP), paralisarão as atividades por cinco semanas a partir da próxima segunda-feira. A fábrica da Volvo, em Curitiba (PR), fechará as portas por quatro a cinco semanas, dependendo do número de folgas de cada funcionário. Já a fábrica da MAN em Resende (RJ), responsável pelos caminhões da Volkswagen, e a fábrica da Scania, terão férias coletivas de três semanas.

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