terça-feira, 11 de novembro de 2014

Gol tem prejuízo de R$ 245,1 milhões no terceiro trimestre, devido ao câmbio

A companhia aérea Gol ampliou o prejuízo líquido no terceiro trimestre, na comparação anual, pressionada pela variação cambial no período. A empresa informou nesta terça-feira um resultado negativo de 245,1 milhões de reais, ante prejuízo de 197 milhões um ano antes. "Neste trimestre teve uma variação cambial que levou a um prejuízo, que não tem efeito caixa", disse o vice-presidente-financeiro e de relações com investidores da Gol, Edmar Lopes, acrescentando que o resultado operacional da companhia ficou dentro do planejado. "O nosso cenário é de perspectiva de um real mais fraco e a gente está se preparando para isso", acrescentou. Segundo ele, ainda é cedo para calcular se a demanda mais forte das festas de fim de ano será suficiente para reduzir o impacto do câmbio nos últimos meses de 2014. A companhia divulgou em outubro que a receita por passageiro (Prask) subiu 9,1% no terceiro trimestre sobre um ano antes, mas o yield, indicador de preços de passagens aéreas, caiu 2% no período. A taxa de ocupação avançou 7,9% no terceiro trimestre, para 77,5%, e Lopes vê espaço para crescimento. "A taxa de ocupação da indústria está rodando perto de 80%. A gente ainda tem um espaço para atingir a média da indústria, mas dizer onde isso vai chegar é difícil", afirmou. O executivo disse que o plano de aviação regional, que prevê ampliar o acesso da população ao transporte aéreo,com subsídios às companhias aéreas e investimentos em aeroportos regionais, pode ajudar no aumento desta taxa. Ele também confirmou que a possível encomenda de novos jatos da família E-Jets E2 da fabricante de aeronaves Embraer, atualmente em negociação, seria utilizada dentro do programa de aviação regional. "Sim. Qualquer aquisição, de qualquer aeronave na Gol, não pode ser justificada por algo que pode ter um prazo para acabar. Um avião vai ser usado no mínimo por oito a dez anos", afirmou. Sobre novos cortes na oferta doméstica em 2015, o executivo disse que ainda não há nada definido. A projeção da Gol é de corte de 1 a 3% este ano, sendo que no acumulado do ano a redução é de 2,9%. No terceiro trimestre, a receita operacional líquida da Gol foi de 2,5 bilhões de reais, alta anual de 10,4%. A receita de transporte de passageiros aumentou 7,2%, a 2,2 bilhões de reais, enquanto a de transporte de cargas e outros avançou 44,6%, a 272,3 milhões de reais.

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