segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Doleiro Youssef volta a depor na sede da Polícia Federal, em Curitiba


Segundo a Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef voltou a depor nesta segunda-feira (24) e continuará nesta terça-feira (25). Ele é considerado o líder do esquema de lavagem e desvio de dinheiro revelado pela Operação Lava Jato e está detido na Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba, desde março deste ano. A polícia não divulga se os depoimentos têm relação com a sétima fase da operação, que focou em executivos e empreiteiras com contratos com a Petrobras, ou nos demais processos originados a partir da Lava Jato. Segundo a defesa de Youssef, as oitivas estão relacionadas à delação premiada. Na sexta-feira passada, 21, o advogado Adriano Bretas disse que agora faltam poucas informações a serem passadas às autoridades. “Os depoimentos serão retomados na semana que vem. Creio eu que na semana que vem se encerre aí a colaboração, que já está num estado avançado”, disse. As investigações apontam que o esquema liderado por Youssef deve ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões. Além do envolvimento do doleiro em atividades de câmbio negro, a Polícia Federal também apura a atuação dele como operador de um esquema de desvios na Petrobras, o Petrolão. Youssef e o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, delataram o esquema à Justiça Federal em troca de reduções de penas, caso sejam condenados nos processos da Lava Jato. A suspeita das irregularidades da Petrobras levaram 25 pessoas para a cadeira, na sétima fase da operação. Deste total, 14 seguem detidas. O último investigado a se entregar às autoridades policiais foi o irmão do ex-ministro Mário Negromonte (Cidades), Adarico Negromonte, que chegou a sede da Polícia Federal, em Curitiba, às 11h15 desta segunda-feira, 24, de táxi. Ele é suspeito de levar dinheiro dos escritórios do doleiro para agentes públicos e partidos políticos.

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