sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Aécio Neves avisa em São Paulo que a oposição irá até as últimas consequências



O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta sexta-feira, 14, que a Petrobrás está "maculada". Ao comentar os desdobramentos da sétima fase da Operação Lava Jato, que na manhã desta sexta-feira prendeu um ex-diretor da estatal e executivos de empreiteiras, o tucano disse que a prisão reforça ligação do PT nas suspeitas de corrupção envolvendo a petroleira. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou sentir "vergonha" de falar sobre as denúncias. Em encontro realizado em São Paulo com correligionários para agradecer a votação recebida no Estado nas eleições presidenciais, Aécio Neves usou parte do seu discurso para atacar a gestão do governo federal. Segundo ele, a estatal incorporou "a marca perversa da corrupção". Durante a sua fala, Aécio Neves disse ainda que enquanto o PT celebra as eleições, um "importante diretor da Petrobrás indicado pelo PT" era preso. "A Petrobrás está maculada pela irresponsabilidade de alguns de seus diretores", disse. Na sétima etapa da Lava Jato, foi preso temporariamente Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobrás, área comandada por ele entre 2003 e 2012. Para o senador, a prisão de Duque "vai deixar muita gente sem dormir" porque, segundo ele, representa o elo mais forte com o partido. O tucano criticou também o fato de o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ter aberto investigação contra delegados da Polícia Federal pelo fato de eles terem manifestado nas redes sociais simpatia pela sua candidatura do neste pleito. Para Aécio, a ação é inadmissível e Cardozo deveria estar atento ao que acontece na Petrobrás. Ao falar sobre o escândalo na estatal, o senador Aloysio Nunes ironizou: "A casa caiu". Em rápida entrevista coletiva concedida antes do evento, que reuniu no mesmo palco Aécio Neves, o ex-presidente Fernando Henrique, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) e o governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin, o senador mineiro disse que a oposição fará tudo que estiver ao seu alcance para impedir que o governo altere a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a meta fiscal. "Vamos até as últimas consequências para evitar alteração na LDO e vamos impedir qualquer manobra no Congresso. A oposição vai reagir porque o Brasil não pode virar a casa da mãe Joana, onde cada um faz o que quer", disse. Segundo Aécio Neves, a oposição poderá, inclusive, impetrar uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal para impedir que o governo altere a LDO.

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