domingo, 12 de outubro de 2014

Petista Fernando Pimentel fez viagem de jatinho com o empresário pego com malas de dinheiro no avião, para o paraíso fiscal do Uruguai

Não é a primeira vez que o petista Fernando Pimentel anda em jatinhos suspeitos. A outra vez foi quando abandonou a comitiva de Dilma Rousseff, na Bulgária, e pegou um jatinho fretado pelo empresário João Dória para dar uma das suas famosas palestras em Roma. Desta vez, Fernando Pimentel viajou para o paraíso fiscal onde os ricos guardam dinheiro sem origem na América Latina: a famosa Punta Del Este. O governador eleito de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), fez uma viagem privada em jatinho com o empresário Benedito Rodrigues de Oliveira Neto em março deste ano, de Punta del Este (Uruguai) para Minas Gerais. Segundo documento a que a Folha teve acesso, o vôo prefixo PR ERE levou Fernando Pimentel, Benedito, o deputado federal Gabriel Guimarães (PT-MG) e mais duas pessoas do Uruguai ao Brasil no dia 29 de março deste ano. À Folha a assessoria de Fernando Pimentel primeiro negou que o governador tivesse viajado com Benedito. Depois, ao ser informada dos detalhes do documento a que a Folha teve acesso, mudou a sua resposta: ''Fernando Pimentel não era ministro nem candidato nesta época. Portanto, não vai se manifestar sobre viagens privadas". A assessoria não respondeu o motivo da viagem nem a relação do petista Fernando Pimentel com o empresário. Pimentel deixou o Ministério do Desenvolvimento e Indústria em fevereiro para concorrer ao governo de Minas Gerais. Na quarta-feira (8) o empresário e um colaborador da campanha do partido em Minas Gerais foram levados até a Polícia Federal para prestar esclarecimentos sobre dinheiro suspeito encontrado em um avião, um bimotor turboélice de prefixo PR-PEG. Por meio de nota, a assessoria de Fernando Pimentel confirmou na quarta-feira que dois dos três homens detidos colaboraram com a campanha dele em Minas Gerais. Marcier Trombiere "prestou serviço de comunicação" e a Gráfica Brasil Editora e Marketing, de Benedito Rodrigues Oliveira Neto, o Bené, "prestou serviços gráficos". A coligação de Fernando Pimentel soltou nota afirmando que "não pode se responsabilizar pela conduta de fornecedores". Bené, como ele é conhecido, esteve no centro do escândalo em 2010 no qual foi descoberto um bunker para produção de dossiês contra tucanos, montado pela pré-campanha de Dilma Rousseff à Presidência.

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