quinta-feira, 9 de outubro de 2014

O petista Arlindo Chinaglia diz que delação de doleiro é "vazamento seletivo"

Escalado pelo ex-presidente e alcaguete Lula (ele delatava companheiros para o Dops paulista durante a ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr.) para rebater as acusações feitas pelo doleiro Alberto Youssef, o deputado federal petista Arlindo Chinaglia, líder do governo na Câmara durante o período em que Paulo Roberto Costa foi nomeado diretor de Abastecimento da Petrobras, apresentou dados que negam trecho do depoimento do doleiro. À Justiça Federal do Paraná, Youssef disse que Lula cedeu à pressão de partidos aliados para a nomeação de Costa e que antes da indicação a pauta do Congresso foi  travada por três meses. Segundo Arlindo Chinaglia, nos três meses que antecederam a nomeação de Youssef, a Câmara votou 4 projetos de emendas à Constituição, 37 medidas provisórias, três projetos de lei, oito projetos de decreto legislativo, 8 projetos de resolução. O Senado, no mesmo período, votou 35 medidas provisórias, 11 projetos legislativos, 55 projetos de decreto legislativo, um projeto de resolução e 259 requerimentos de informações e auditorias. "Isso demonstra que qualquer depoimento tem que ser verificado", disse o deputado. Chinaglia lançou dúvidas sobre as intenções do juiz Sérgio Moro, responsável pelo processo: "Chama muita atenção que em um período de eleição, apesar da determinação do Supremo e da Procuradoria Geral da República para que o processo corra em sigilo, um juiz de primeira instância chame dois depoentes e divulgue o teor de forma seletiva sem o devido direito de resposta, atingindo pessoas e instituições. Não acredito que ele queira ser cabo eleitoral mas parece que quer ser". Segundo ele, a bancada do PT vai procurar o ministro Teori Zavaski, responsável pelo processo no Supremo, e o procurador geral da República, Rodrigo Janot, para estudar a possibilidade de tomar providências em relação à divulgação dos depoimentos. Ou seja, o PT quer usar o Poder Judiciário a seu favor na campanha eleitoral, quando está sob os holofotes da roubalheira do esquema do Petrolão, o Mensalão II do PT.

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