quinta-feira, 16 de outubro de 2014

O marqueteiro, não a médica, amparou Dilma quando ela alertou que estava passando mal

Pois é… Espero, sinceramente, que nada de mal tenha acontecido com a presidente Dilma Rousseff e que o mal-estar que ela sentiu tenha sido mesmo em decorrência de uma queda de pressão, que pode acontecer. Já falo a respeito — até porque sou especialista em pressão baixa; meu médico sempre diz que o contrário é que seria ruim —, mas, antes, quero aqui tratar de uma questão de estado. Dilma é candidata do PT à Presidência, à reeleição, mas já é presidente. Sempre tem à sua disposição médico — no caso, a presidenta tem uma médica —, equipe de paramédicos, tudo conforme manda, e deve mandar, o figurino. A doutora, no entanto, não estava por ali, e a presidente, ora vejam, foi socorrida por João Santana. Não sabia que ele também é especialista nessa área. A gente vê que Dilma se embanana duas vezes enquanto responde a pergunta da repórter Simone Queiroz, que é quem acaba lhe dando a deixa: “A senhora está passando mal?.” E Dilma diz, então, que sua pressão deve ter caído. Restabelecida, ela tenta falar de novo, mas já tinha usado seu tempo numa resposta um tanto confusa.
Ao ser socorrida por doutor Santana, a presidente afirma: “Meu filho, eu devia ter comido antes de sair de casa. Caiu um pouquinho a minha pressão. Eu senti que ia cair, mas aí, imediatamente, eu dei uma esfregadinha nos meus pulsos. A minha sorte foi que não aconteceu nada disso (durante o debate). Foi na hora que eu levantei, porque eu levantei subitamente”.
Então vamos lá. Eu não sei quem disse à presidente que esfregar os pulsos faz subir a pressão. Se a senhora puser um galho de arruda atrás da orelha, o resultado é o mesmo, candidata: nenhum! Dar três pulinhos, nem que seja de ódio, por ser mais eficaz. Esse negócio de a pessoa estar sentada, levantar, e a pressão sanguínea cair caracteriza a “hipotensão postural”. Mas não foi o que aconteceu porque, nesse caso, o mal-estar é imediato, se dá quando a pessoa se põe de pé, não minutos depois, como foi o caso. Se o indivíduo ficar muito tempo em pé — e isso também não aconteceu —, pode ser vítima de hipotensão. Uma situação de estresse intenso também pode levar ao mal-estar. Dilma perdeu claramente o confronto com Aécio, mas não a ponto, acho eu, de sofrer uma queda de pressão.
De todo modo, reitero: quando uma presidente da República passa mal, quem tem de socorrê-la é o medico, não o marqueteiro.
Vejam o vídeo. EM TEMPO: NESTE BLOG, NINGUÉM TORCE PARA A MÁ SAÚDE DE NINGUÉM. PEÇO COMEDIMENTO NOS COMENTÁRIOS, OU NÃO SERÃO PUBLICADOS.
Por Reinaldo Azevedo

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