quarta-feira, 1 de outubro de 2014

O e-mail ofendidinho de um certo Benko

Laércio Benko, candidato de tal PHS ao governo de São Paulo, me manda a seguinte mensagem:

“Prezado Reinaldo:
Prezo a liberdade de expressão e opinião, mesmo com expressões agressivas usadas pelo senhor contra a minha pessoa. Tomo a liberdade apenas de sugerir que seja mais cuidadoso e tente disfarçar sua “independência jornalística”, pois não fica bem, logo após suas criticas ao meu discurso contra a gestão horrorosa da Sabesp, entrar no ar, na Jovem Pan o seu patrocinador: a Sabesp!!! Disfarce um pouco melhor.
abs!
Laércio Benko”
Respondo
Este senhor deve estar acostumado à pistolagem que toma conta de setores do subjornalismo e pode estar me confundindo. Escute aqui, rapaz! Se eu puxasse o saco de empresas para anunciar aqui ou em qualquer lugar, estaria de joelhos diante de estatais. E, no entanto, não estou. Há bancos que anunciam na VEJA, na Folha e na Jovem Pan, as três empresas em que trabalho. Procure saber o que andei afirmando sobre a independência do Banco Central, por exemplo, matéria que, segundo dizem, seria do interesse do setor. Não sei com que tipo de vagabundo o senhor andou topando na sua curta vida pública. Sei que errou o alvo porque não sou um deles.
A sua crítica ao fato de a Sabesp ter ações na Bolsa e distribuir dividendos a acionistas é ignorante, obscurantista, cretina e reacionária. Observe que não entrei no mérito de outras considerações subas sobre a empresa. A Sabesp que responda se quiser. Não é problema meu. Mas é problema meu quando um quase candidato de si mesmo — parece que o senhor tem 1% das intenções de voto, é isso? — participa de um debate público e goza de tempo no horário eleitoral gratuito, pelo qual eu também pago, para produzir obscurantismos. 
A roubalheira em curso na Petrobras evidencia que o nosso problema é o excesso de estado. O senhor, pelo visto, acha ele se localiza na fatia das empresas públicas que está com o mercado. Pior: o senhor ainda tenta pegar carona na tal “nova política”. O que há de “novo” na sua pregação? Aliás, senhor, haver um político eleito quase sem eleitor é realmente uma novidade e tanto nas democracias. De resto, diga-me sinceramente, senhor Benko: o senhor não acha que pode mesmo ser governador de São Paulo, né? Diga-me mais: sem o Fundo Partidário, o seu partido seria exatamente o quê? O senhor acha isso “novo”??? Todos os anunciantes são bem-vindos ao meu blog, ao programa “Os Pìngos nos Is”, na Jovem Pan, e à Folha. Mas eles devem procurar o departamento comercial. Não é assunto meu.
Vá estudar, senhor Benko!
E acrescento: não sou seu prezado e recuso o seu abraço. E chega, né? Os 250 mil visitantes diários do  meu blog já correspondem a 13,95 vezes o número de eleitores que o senhor teve para a Câmara Municipal de São Paulo (17.918) e certamente ultrapassam o que o senhor terá de eleitores no Brasil inteiro. Já ficou famoso. Eu vivo das 18 horas que dedico por dia ao trabalho. Não sou uma entidade que depende das tetas do estado para existir. Mais alguma questão? Por Reinaldo Azevedo

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