quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Grupo Espirito Santo declara falência

Outras empresas do Grupo Espírito Santo ainda aguardam a decisão da justiça de Luxemburgo

Outras empresas do Grupo Espírito Santo ainda aguardam a decisão da justiça de Luxemburgo (Mario Proenca/Bloomberg/Getty Images/VEJA)
Após uma série de empréstimos mal-sucedidos, o Espirito Santo Financial Group (ESFG), holding da família Espírito Santo que controlava o Banco Espírito Santo (BES), e sua subsidiária Espírito Santo Financière decretaram falência nesta quarta-feira. A decisão foi tomada depois que um tribunal rejeitou um pedido de proteção contra credores. Antes disso, as empresas tentaram aprovar um plano de reestruturação e mudança de gestão junto ao Tribunal de Luxemburgo, mas ele foi rejeitado em 3 de outubro. Outras empresas do Grupo Espírito Santo, como a Espirito Santo International e a RioForte, holding não-financeira do grupo português, aguardam ainda a decisão da Justiça de Luxemburgo, de acordo com o jornal português Diário Econômico. Nesta sexta-feira, haverá uma nova audiência, em que deve ser considerado o pedido de falência e nomeado um ou mais liquidantes. No primeiro semestre, o BES reportou um prejuízo de quase 3,6 bilhões de euros (10,54 bilhões de reais), muito impactado pela derrocada do império corporativo da família Espírito Santo. As perdas levaram o banco central português a anunciar no início de agosto o plano de resgate de 4,9 bilhões de euros (14,35 bilhões de reais) para o BES. Mesmo tendo recebido esse montante, o tribunal classificou a recuperação do ESFG como "impossível". 
O BES, que já foi um dos maiores de Portugal, vem sendo arrastado por um turbilhão de problemas em suas holdings controladoras desde maio. A origem das preocupações é a Espírito Santo International (ESI), principal acionista do grupo, detendo a 100% da Rioforte. Esta, por sua vez, é dona de 49% do ESFG, o maior acionista do BES, com 25% de participação. A insolvência da ESI afeta diretamente o emaranhado de empresas do grupo — sobretudo porque todas estão muito interligadas. 

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