quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Governo decide prorrogar por 30 dias sindicância que apura erros na Pnad

A Casa Civil informou em nota divulgada nesta quarta-feira (22) que o governo decidiu prorrogar por mais 30 dias os trabalhos da comissão que apura as responsabilidades por erros na divulgação dos dados Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2013, em setembro. O IBGE chegou a anunciar que a desigualdade de renda proveniente do trabalho aumentou, mas, um dia depois, informou que diminuiu. O índice de desigualdade anunciado para 2013 era 0,498 – o número correto, segundo o instituto, é 0,495. O equívoco afetou diversos índices divulgados, como analfabetismo e o índice de Gini, que calcula o nível de desigualdade no país. O valor desse índice varia de zero (a perfeita igualdade) até um (a desigualdade máxima). Conforme informou a Casa Civil, portaria será publicada na edição do "Diário Oficial da União" desta quinta-feira (23) comunicando a decisão do governo. Segundo explicou a pasta, a comissão solicitou a prorrogação dos trabalhos em razão de "diligências adicionais" e para elaborar relatório a ser entregue ao ministro Aloizio Mercadante. Outra comissão, que revê a Pnad e é ligada ao Ministério do Planejamento, tem até novembro para entregar os resultados, prazo que pode ser prorrogado. No texto em que cria o grupo, o governo diz que, entre os objetivos da comissão, além de o apontar eventuais erros, está o de "colaborar com a Administração Pública na sugestão de medidas gerenciais, processuais, tecnológicas e operacionais para prevenir ocorrência de revisão de dados". A presidente do IBGE, Wasmália Bivar, pediu desculpas por erros "extremamente graves" durante entrevista coletiva no Rio, à época da divulgação da Pnad. O problema foi identificado nos dados das regiões metropolitanas de sete estados brasileiros. Os índices que também sofreram alteração com a atualização dos dados foram: nível de analfabetismo (8,5%); média de anos de estudo dos brasileiros com dez ou mais anos de idade (7,6); divisão da população entre sexos (51,4% mulheres e 48,6%, homens); população desocupada (6,3%); e queda de emprego de jovens entre 5 e 17 anos (10,6%).

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