quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Governo da petista Dilma pode fazer mandrakice, reduzir meta do superávit primário para 2015

O governo brasileiro pode reduzir a meta de superávit primário para 2015 a um número mais factível, disseram nesta quinta-feira três fontes envolvidas nas discussões sobre a política fiscal, no que pode ser outro movimento da presidente petista Dilma Rousseff para recuperar a confiança dos investidores. Uma meta menor de superávit primário melhoraria a transparência e reforçaria os sinais de que Dilma pode adotar políticas econômicas mais pragmáticas depois de ser reeleita numa disputa apertadíssima no último domingo. Essa expectativa é totalmente errada e falsa. Uma diminuição do superávit primário só comprovará a falta de determinação do regime petralha para conter a gastança governamental. A bolsa teve forte alta e o dólar caiu mais de 2% nesta quinta-feira, no dia seguinte ao Banco Central elevar a taxa básica de juros, aumentando as esperanças de investidores de que Dilma está disposta a tomar algumas medidas dolorosas para reconstruir os pilares da economia. "A meta mais baixa pode ajudar a recuperar a credibilidade, indicando claramente o que podemos realmente conseguir", disse uma fonte do governo que pediu para não ser identificada porque não está autorizada a comentar o assunto publicamente. "Vai ser muito difícil ao governo para alcançar a meta de 2% (do PIB), mesmo com grandes cortes orçamentários e um aumento nos impostos", acrescentou.  Para 2015, a meta cheia do superávit primário é de 143,3 bilhões de reais, equivalente a 2,5% do Produto Interno Bruto. E o governo disse que atingirá pelo menos 114,7 bilhões de reais, o equivalente a 2% do PIB. Duas outras fontes do governo admitiram que a meta pode ser reduzida. Mas nenhuma das três fontes disse de quanto pode ser a redução. Uma das fontes disse que o governo anunciará em breve pesados cortes orçamentários para 2015 assim como medidas para reduzir os gastos públicos nos próximos anos. A fonte não quis detalhar o tamanho dos cortes nem a natureza das medidas. Um porta-voz do Ministério da Fazenda se negou a comentar sobre a possibilidade de redução da meta do primário para 2015. Uma forte deterioração das contas fiscais no governo Dilma tem colocado a economia brasileira na mira das agências de classificação de risco e corroído a confiança dos investidores no País.

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