terça-feira, 7 de outubro de 2014

FBI pede ajuda para identificar terrorista americano do Estados Islâmico

O FBI pediu ajuda à população americana nesta terça-feira para identificar um terrorista que aparece em um vídeo divulgado pelo Estado Islâmico com ameaças aos Estados Unidos. O homem fala em árabe e inglês com sotaque americano na gravação intitulada Flames of War (Chamas da Guerra) e parece orquestrar uma execução em massa de soldados sírios que cavavam as próprias covas no deserto. Para facilitar a caçada, o FBI publicou um pôster com imagens aproximadas do rosto do terrorista mascarado e pede ao público que entre em contato se tiver qualquer informação que possa levar à sua identificação. "Esperamos que alguém possa reconhecer esse indivíduo e fornecer informações importantes", afirmou à rede CNN Michael Steinbach, diretor-assistente da divisão de contraterrorismo do FBI. A polícia federal americana lançou também uma campanha incentivando as pessoas a alertarem as autoridades caso suspeitem de que algum americano planeja viajar para se unir ao terrorismo. O FBI vê o terrorista que está sendo procurado como um assassino persuasivo e articulado, o que provavelmente lhe confere uma posição influente na hierarquia do Estado Islâmico. O homem pode ser tanto um árabe educado no Ocidente, quanto um cidadão de origem americana ou canadense que se uniu às fileiras do Estado Islâmico. Caso seja realmente americano, se tornará o primeiro cidadão do país a ser filmado perpetrando um crime de guerra. "Estes extremistas violentos criados em solo americano são almas perturbadas que estão buscando significado em um caminho deturpado. É por isso que eles se deixam levar por propagandas e se radicalizam por conta própria, através de uma espécie de estudo independente. Eles também conseguem se equipar e treinar através da internet", afirmou o diretor do FBI, James Comey, à rede CBS, no domingo. Uma fonte da CIA revelou no mês passado que 15.000 estrangeiros, incluindo 2.000 ocidentais, viajaram à Síria para lutar na guerra civil do país. Não está claro quantos deles se uniram ao Estado Islãmico. O maior receio das autoridades é que os terroristas jihadistas possam retornar aos seus países de origem para perpetrar atentados. Acredita-se que os terroristas sejam provenientes de 80 países. Em setembro, o FBI comunicou que identificou o carrasco de sotaque britânico que aparece nos vídeos de decapitação de reféns estrangeiros divulgados pelo Estado Islãmico na internet. A polícia federal não revelou o nome do terrorista nem confirmou sua nacionalidade, para não prejudicar o andamento das investigações. Acredita-se que os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff e os voluntários britânicos David Haines e Alan Henning tenham sido assassinados pelo mesmo terrorista.

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