terça-feira, 21 de outubro de 2014

Embraer apresenta primeiro protótipo do cargueiro KC-390

A Embraer apresentou nesta terça-feira o primeiro protótipo do cargueiro KC-390, o maior avião já desenvolvido e produzido no Brasil. A aeronave de transporte de tropas e cargas e de abastecimento em vôo, com capacidade de transportar até 26 toneladas de carga a 870 quilômetros por hora, pode realizar missões como busca e resgate e combate a incêndios florestais. O KC-390 é resultado de acordo de 2 bilhões de dólares fechado em 2009 com a Força Aérea Brasileira (FAB), envolvendo a montagem de dois protótipos. A FAB assinou em maio deste ano contrato firme de 7,2 bilhões de reais por 28 unidades do cargueiro, que substituirão os aviões Hercules C130. A Embraer também tem cartas de intenção para a venda de 32 unidades do KC-390 para Argentina, Portugal, República Theca, Colômbia e Chile, sendo que os três primeiros países são parceiros industriais no desenvolvimento do cargueiro. "O avião foi apresentado ao mercado hoje e vai fazer o primeiro vôo até o fim deste ano. Existe expectativa de que algumas conversas que estamos tendo, vamos transformar em algo concreto", disse o presidente da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider. "Tínhamos aqui na apresentação do primeiro protótipo do avião representantes de 32 países. Nossa expectativa é muito positiva, o avião deve gerar exportações importantes para o Brasil". O executivo não deu detalhes sobre o valor da aeronave e acrescentou que o preço depende da configuração definida pelo cliente. O KC-390 passará por testes em solo antes de realizar os primeiros vôos teste até o final do ano. Em seguida, terá início a campanha de ensaios de vôo de desenvolvimento e certificação da aeronave. A Embraer estima demanda de 700 unidades de cargueiros do porte do KC-390 ao longo dos próximos 15 anos. A primeira entrega do KC-390 está prevista para o segundo semestre de 2016. A aeronave ajudou a catapultar a carteira de pedidos da Embraer em mais de 20% entre junho e setembro, para o recorde de 22,1 bilhões de dólares. A Embraer avalia a possibilidade de desenvolver versões do KC-390 para outros fins que não militares, especialmente para indústrias de petróleo e de mineração. Cargas civis também poderiam ser atendidas eventualmente. "É muito difícil ter um avião novo competitivo, porque as empresas de carga civil costumam usar aviões de passageiros de meia vida adaptados para carga", disse o diretor do programa KC-390 na Embraer Defesa e Segurança, Paulo Gastão. Ele acrescentou que qualquer uso não militar do KC-390 será avaliado no futuro, já que atualmente a empresa está totalmente concentrada em entregar o avião para as missões militares encomendadas pela FAB.

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