quarta-feira, 3 de setembro de 2014

USINA SANTO ANTÔNIO PEDE PRAZO MAIOR PARA PAGAR DÍVIDAS

A Santo Antônio Energia, concessionária responsável pela usina hidrelétrica Santo Antônio, pediu à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) um prazo maior para pagar as dívidas contraídas com a compra de energia no mercado de curto prazo, informou nesta quarta-feira o presidente da empresa, Eduardo de Melo Pinto. Os débitos, de aproximadamente 860 milhões de reais, referentes às operações de julho, vencem na próxima segunda-feira. Com o atraso nas obras da usina, o consórcio se viu obrigado a comprar energia no mercado à vista, que é mais caro, para arcar com os contratos firmados anos antes. A empresa questiona o valor na Justiça, alegando que ficou 63 dias com as obras paralisadas devido a greves. As dívidas contraídas por causa de tais problemas não seriam de sua responsabilidade, segundo a empresa. Outro questionamento refere-se ao pagamento pelo não cumprimento do chamado Fator de Indisponibilidade, que a obriga a manter suas turbinas gerando 99,5% do tempo. Os sócios da Santo Antônio Energia vão discutir nesta sexta-feira, em Assembléia Geral Extraordinária, se farão ou não aporte na companhia. A construção da usina está em sua fase final, com 31 das 50 turbinas em operação. Desde que começou a operar, Santo Antônio não tem conseguido produzir toda a energia que deveria entregar. Amparada por liminares que perderam a validade e alegando falta de recursos, em 21 de agosto, a concessionária depositou 120 milhões de reais como garantia para a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Mas a despesa totalizava 1 bilhão de reais. No dia seguinte, a CCEE incluiu a usina na lista de inadimplentes do mercado. A consequência disso é que os contratos foram cortados, de forma que os credores terão de assumir a dívida da usina. A Santo Antônio Energia terá de entregar a usina até o fim de 2015 e a obrigação comercial de gerar a energia que vendeu a seus clientes.

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