quinta-feira, 4 de setembro de 2014

PT PEDE À PROCURADORIA ELEITORAL QUE INVESTIGUE OS RENDIMENTOS DE MARINA SILVA

O PT deu entrada nesta quinta-feira, 4, com um pedido junto à Procuradoria-Geral Eleitoral para que sejam investigados os ganhos da candidata Marina Silva (PSB) com palestras remuneradas. Nos últimos dois anos, Marina disse ter recebido R$ 1,6 milhão com palestras por meio da empresa M.O.M. Da S. De Lima e declarou à Justiça Eleitoral patrimônio de R$ 135 mil. Na declaração, a empresa aparece com valor de R$ 5 mil. O PT pede, entre outras coisas, que seja investigada a possibilidade de caixa dois eleitoral por parte da candidata do PSB.  "A omissão da existência desses valores no patrimônio de Marina Silva autoriza que se investigue se referidos pagamentos foram destinados para outras contas do partido ao qual ela é filiada (ou para a instituição Rede Sustentabilidade), ou até mesmo para outra pessoa jurídica doadora da campanha da candidata para, posteriormente, em tese, ser injetado na campanha oficialmente (…) questiona-se sobre a possibilidade desses valores terem sido represados para utilização em campanha sem a devida tramitação em conta específica. Tal fato, caso apurado e confirmado, também é muito grave", diz trecho da representação assinada pelos advogados Luis Gustavo Motta da Silva e Flávio Caetano. De acordo com um dos coordenadores da campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, o principal objetivo da representação é provocar desgaste à candidatura de Marina. A representação pede ainda que sejam apuradas a possível omissão dos valores na declaração de bens à Justiça Eleitoral e o uso de dinheiro de fontes vedadas para campanha política. Entre os contratantes de palestras da candidata estão os bancos Santander e Crédit Suisse, Unilever, Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização, Fundação Dom Cabral e Conselho Nacional de Contabilidade, entre outros. Segundo a representação do PT, alguns destes contratantes são proibidos por lei de fazer doações eleitorais. O documento cita também o fato de Marina Silva ter dito que parou de dar palestras em junho deste ano, quando se tornou candidata a vice de Eduardo Campos, morto em um acidente aéreo no dia 13 de agosto. Na época Marina disse que estaria se sustentando com a poupança acumulada das palestras mas declarou à Justiça Eleitoral apenas uma conta corrente com saldo de R$ 27 mil.

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