domingo, 28 de setembro de 2014

Procuradora do caso Eike Batista teme que empresário de papel fuja do País

A procuradora Karen Kahn, do Ministério Público Federal de São Paulo, disse que há risco de que o empresário Eike Batista e outros seis diretores da ex-OGX (atual OGpar) fujam do País. Ela afirmou que a história penal do País reforça a suspeita, principalmente em relação àqueles que têm dupla nacionalidade. "Para que isso não ocorra, é necessário uma Justiça ágil. Estamos falando de gente que tem suporte financeiro", alertou. Para o advogado de Eike Batista, Sérgio Bermudes, "não há motivo para pressupor que seu cliente fuja". Isso porque ele tem saído do País e voltado com frequência. Eike é filho de alemã, mas Bermudes não soube informar se ele tem dupla nacionalidade. Conforme o advogado, ao fazer tal afirmação, a procuradora está querendo "construir terreno para uma medida drástica", em alusão a um possível pedido de prisão. "Eu sei o que ela está querendo, a prisão", afirmou. "Ninguém pode prever a conduta ilegal de ninguém. É revoltante ouvir isso de um membro do Ministério Público", complementou. A procuradora ainda não decidiu se solicitará à Justiça alguma medida para evitar uma possível fuga, como a requisição de passaportes ou mesmo a prisão preventiva. "Não existe medida neste sentido, mas sempre estudamos todas as possibilidades", disse. Karen Kahn também solicitou à Justiça que o caso permaneça em São Paulo, já que os crimes foram praticados na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). A primeira denúncia, apresentada pela procuradora em 11 de setembro, acusa Eike Batista de negociar ações com informações privilegiadas (insider trading). O empresário vendeu ações da OSX antes da divulgação de informações desfavoráveis sobre a empresa, em 2013. A pena prevista é de 13 anos. A denúncia mais recente, de 23 de setembro, acusa o empresário, seis ex-diretores e um diretor da ex-OGX de formação de quadrilha, indução de investidores a erro, falsidade ideológica e, no caso dos executivos, de manipulação. Neste caso, a pena pode chegar a 14 anos. O Ministério Público Federal do Rio de Janeirotambém denunciou Eike Batista sob acusação de manipulação de mercado e insider tranding em relação à OGX, com penas somadas em 13 anos.

Um comentário:

Unknown disse...

Vitor... Já notou que ninguém fala dos 10 bilhões de reais repassados pelo BNDES ao grupo EBX???? Tenta tirar "milão" na CEF ou no próprio BNDES e oferece "papeis" de garantia para ver se te emprestam...