terça-feira, 9 de setembro de 2014

IBOPE: SKAF CAI 5 PONTOS, E ALCKMIN VENCERIA NO 1º TURNO COM FOLGA AINDA MAIOR; SERRA LIDERA PARA O SENADO. OU: O DISCURSO DA SECA E A SECURA DE VOTOS

Saiu uma nova pesquisa Ibope para o governo de São Paulo. Skafistas, se é que isso existe, e petistas continuam sem razões para comemorar. Na verdade, estando certos os números, eles têm muito a lamentar. Em uma semana, segundo o instituto, o candidato do PMDB caiu de 23% para 18%; o tucano Geraldo Alckmin oscilou dentro da margem de erro, que é de dois pontos, e passou de 47% para 48%. Alexandre Padilha, do PT, que tinha 7%, aparece agora com 8%. Os demais candidatos somam 3%. Os brancos e nulos são 11%, mesmo índice dos que não sabem em quem votar.

O candidato tucano venceria a disputa no primeiro turno, com 19 pontos de vantagem sobre a soma dos demais candidatos. Mesmo assim, o instituto fez uma simulação de segundo turno: Alckmin venceria Skaf por 53% a 26%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-56/2014, foi realizada entre os dias 4 e 9 de setembro e ouviu de 2.002 eleitores em 97 municípios.
Se Padilha não conquistou o coração do eleitorado pelo sim, ele o conquistou pelo não. O petista segue sendo o mais rejeitado pelo eleitorado: 26% dizem que não votariam nele de jeito nenhum. Seu saldo negativo, portanto, é de 18 pontos. Um portento mesmo.
O governo Alckmin segue sendo bem avaliado pelos eleitores: 42% afirmam que sua administração é ótima e boa. Dizem ser regular 35%, e apenas 18% a avaliam como ruim ou péssima.
Senado
Tudo o mais constante, o petista José Serra vai tirar Eduardo Suplicy do Senado depois de… VINTE E QUATRO ANOS! Nesse período, ele apresentou o projeto da renda mínima, decorou uma música dos Racionais e já aprendeu a cantar Bob Dylan…
Se a eleição fosse hoje, o tucano seria eleito, com 33% dos votos. O petista aparece com 27%, e Gilberto Kassab, do PSD, aparece com 7%.
Pois é… O PT promete um esforço concentrado em São Paulo em favor da Padilha. A coisa, no entanto, parece difícil para o petista. Skaf resolveu endurecer seu discurso contra Alckmin. A estratégia parece contraproducente. A campanha tucana resolveu exibir as suas vinculações políticas, e a sua persona de “não político” disputando um cargo parece ter ido para o brejo.
O resultado não poderia ser pior para Skaf e Padilha. No lugar deles, eu pararia de culpar Alckmin pela seca em São Paulo. Mas, no lugar deles, eu também não ouviria esse meu conselho… Não sei se fui muito sutil. Em suma, o discurso da seca é uma secura de votos. Por Reinaldo Azevedo

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