sábado, 13 de setembro de 2014

Governo da petista Dilma avalia reduzir meta de superávit primário deste ano, indica o secretário do Tesouro, o trotskista Arno Augustin

O governo federal avalia nova redução na meta de superávit primário de 2014, mas a decisão ainda não foi tomada, indicou na sexta-feira o secretário do Tesouro Nacional, o trotskista gaúcho Arno Augustin. Perguntado se descartaria a possibilidade de um novo ajuste na meta fiscal, o secretário respondeu: "A 10 dias do relatório, estamos justamente na fase em que não me cabe colocar uma opinião porque o governo está discutindo e, quando chegar à conclusão, vamos informar do jeito usual, que é o relatório", disse ele, referindo-se ao Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas. Questionado sobre se o governo estava mudando o tom e poderia alterar a meta, ele respondeu: "Evidente que se a receita deu a menos, isso significa que teremos que reavaliar e ver o que teremos que fazer. Isso não é uma decisão, não quer dizer que faremos A ou B. Tem que ver as possibilidades e isso é um estudo técnico". O próximo relatório bimestral de receitas e despesas, segundo o secretário, será divulgado no próximo dia 22. O seguinte sairá apenas após as eleições presidenciais de outubro. Nos sete primeiros meses do ano, dado mais recente disponível, o setor público brasileiro teve superávit primário - economia feita pelo governo para pagamento dos juros da dívida pública - de apenas 24,7 bilhões de reais, afetado pela economia fraca e desonerações tributárias. Já existe ampla expectativa entre agentes econômicos de que o governo federal não cumpra ou então reduza a atual meta consolidada de superávit primário. A meta cheia de superávit primário em 2014 era de 167,4 bilhões, ou cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), anunciada na proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

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