terça-feira, 9 de setembro de 2014

FOGO CRUZADO NA CAMPANHA ELEITORAL: "GOVERNO PAGA BOLSA BANQUEIRO, DIZ MARINA; E DILMA RESPONDE, "NÃO TENHO BANQUEIRO ME SUSTENTANDO"

A presidente-candidata Dilma Rousseff (PT) e sua adversária do PSB, Marina Silva, trocaram acusações nesta terça-feira, às vésperas da divulgação de uma nova pesquisa de intenção de voto pelo instituto Datafolha – na rodada anterior, elas estavam em empate técnico. O embate começou com a veiculação de uma inserção do PT segundo a qual um eventual governo de Marina "daria poder ao bancos" em referência à proposta de autonomia do Banco Central – a propaganda sugere que, se Marina Silva for eleita, banqueiros terão poder de decisão sobre a vida dos brasileiros. A candidata do PSB rebateu durante agenda de campamnha em Minas Gerais: "Ela disse que iria baixar os juros, e nunca os banqueiros ganharam tanto. Agora, eles que fizeram a bolsa empresário, a bolsa banqueiro, a bolsa juros altos estão querendo nos acusar de forma injusta em seus programas eleitorais". O fogo cruzado não parou por aí; em São Paulo, Dilma retomou a ofensiva: “O Banco Central, como qualquer outra instituição, não é eleito por tecnocratas nem por banqueiros. Sua diretoria é indicada por quem tem voto direto. O Congresso chama o Banco Central e manda prestar conta. Eu não digo isso porque sonhei com isso, mas porque está escrito no programa de autonomia do Banco Central e todo mundo sabe o que é autonomia do Banco Central. Então, não adianta falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando”, afirmou Dilma. Marina recebeu 1,6 milhão de reais nos últimos anos com palestras a bancos e empresas. A campanha petista pediu ao Ministério Público Eleitoral que apure eventuais inconsistências entre os rendimentos de Marina e a declaração da candidata entregue à Justiça Eleitoral. Além disso, uma das principais conselheiras da candidata do PSB, Neca Setúbal, é herdeira do Banco Itaú. Segundo a presidente-candidata, com a proposta de Marina para o Banco Central, as taxas de juros e as políticas de crédito serão definidas sem prestação de contas ao Executivo e ao Legislativo. Dilma se negou a comentar a projeção da agência de classificação de risco Moody’s, que indicou o rebaixamento da classificação do País ao deixar nota de crédito brasileira em perspectiva de queda, por causa do mau desempenho da economia. Ela disse apenas que o País “tem todas as condições de se desenvolver” e “não é instável macroeconomicamente”.

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