sábado, 13 de setembro de 2014

Empreiteiras negociam para revelar detalhes de corrupção na Petrobras

Representantes de duas empreiteiras que têm contratos com o governo, e que estão entre as sete maiores do País, negociam com o Ministério Público Federal acordo para detalhar sua participação em desvios de dinheiro da Petrobras. Em troca da colaboração, as empresas querem a redução de penas nos processos criminais. Os representantes das empreiteiras propuseram um acordo de leniência, espécie de delação premiada para empresas acusadas de crimes. Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, e ex-funcionários do doleiro Alberto Youssef, já colaboram com as investigações, a fim de reduzirem suas penas ou ganharem imunidade. Uma das autoridades responsáveis pelas investigações confirmou a possibilidade do um acordo de leniência, mas ressalvou que as exigências para isso são grandes. Os representantes das empreiteiras precisam confessar os crimes cometidos, detalhar o esquema de desvio de dinheiro, pagar multas proporcionais aos danos aos cofres públicos e se comprometer a não cometer novos delitos. Recentemente, um acordo semelhante assinado pela empresa alemã Siemens, trouxe à tona detalhes sobre a formação de cartel que tinha objetivo de superfaturar contratos das linhas de trens e metrô de São Paulo. Trinta executivos de 12 empresas foram denunciados à Justiça em março deste ano.

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