terça-feira, 30 de setembro de 2014

Conselho da Eletrobras aprova redução da garantia física de usina no Rio Grande do Sul

O Conselho de Administração da Eletrobras aprovou nesta segunda-feira a redução da garantia física da termelétrica Candiota 3, de sua subsidiária Companhia de Geração Térmica de Energia Elétrica (CGTEE) e vai substituir a diferença com contratos da Eletronorte, disse o presidente da empresa, José da Costa Carvalho Neto. Segundo ele, devido a problemas técnicos na caldeira a carvão da usina, Candiota 3 não estava conseguindo atingir a geração prevista em sua garantia física contratual, de 303 megawatts (MW) médios. A medida aprovada pelo Conselho, que ainda tem de passar pelo aval da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê que a garantia física seja reduzida para 267 MW médios. No desenho aprovado pela Eletrobras, a redução da garantia física da usina será coberta por contratos de outra subsidiária do grupo, a Eletronorte. "Com isso, esperamos que a CGTEE volte ao equilíbrio financeiro no ano que vem", disse Carvalho Neto, após a reunião do Conselho. No primeiro semestre deste ano, a CGTEE deve prejuízo líquido de cerca de 200 milhões de reais, causado principalmente pela compra de energia no mercado de curto prazo, para compensar o não atendimento da garantia física na usina de Candiota 3. Questionado sobre as dificuldades enfrentadas pela Santo Antônio Energia, concessionária da usina de Santo Antônio, da qual a Eletrobras é sócia por meio da subsidiária Furnas, Carvalho Neto disse que, da parte de Furnas, não vai faltar recursos poara fazer frente às obrigações junto à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Na semana passada, a Santo Antônio Energia não conseguiu aprovar aporte adicional de 1,4 bilhão de reais por parte de seus acionistas por falta de quorum na assembleia extraordinária de acionistas. O dinheiro seria necessário para que a empresa continuasse a honrar os pagamentos ao Consórcio Construtor Santo Antônio de forma a manter as obras da usina em andamento. "Estamos falando com os sócios para chegar a um ponto comum", disse Carvalho Neto. O presidente da Eletrobras disse que os sócios da usina e o consórcio construtor da obra estão buscando um "encontro de contas" e admitiu que "eles (os construtores) têm uma grande parte da responsabilidade" na frustração da antecipação do cronograma da obra. Sobre o desempenho das ações da estatal, que nesta segunda-feira estavam em queda, o executivo disse que, desde janeiro, as ações da empresa vêm se valorizando, mas "ainda estão longe do valor patrimonial".

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