quinta-feira, 21 de agosto de 2014

TRE-PE LIBERA USO DA IMAGEM DE EDUARDO CAMPOS POR ADVERSÁRIOS DO PSB. É O CERTO! O RESTO É CENSURA OBTUSA

Parece só uma bobagenzinha, mas não é. Um liminar da Justiça Eleitoral de Pernambuco proibia que coligações que se opõem ao PSB usassem a imagem de Eduardo Campos. É claro que era uma censura inaceitável, estúpida. Sobretudo porque todas elas elogiavam a atuação do ex-governador.

“Ah, mas é tirar uma casquinha da morte do adversário!” É mesmo? Por acaso, os aliados de Campos também não fizeram exploração político-eleitoreira de sua morte? Atenção! Deveria ser livre o uso da imagem ainda que fosse para criticá-lo, ora bolas! A propósito: houve ou não dinheiro público para organizar o velório de Campos? Aquela faixa, com a frase “Não vamos desistir do Brasil”, estendida num carro do Corpo de Bombeiros, era ou não campanha político-eleitoral? A resposta é “sim”. E que se note: nem estou dizendo que o Estado deveria se eximir de organizar o seu velório. Acho legítimo que se tenha feito uma solenidade oficial. Afinal, a sua figura e a sua morte transcendem a vida privada.
Por isso mesmo, é absolutamente ridículo — e autoritário — que se proíba a referência a seu nome, por aliados ou por adversários. O homem que teve seu velório organizado pelo Estado não era propriedade privada do PSB ou da família Campos. Por Reinaldo Azevedo

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