quarta-feira, 13 de agosto de 2014

TERRORISTAS CELERADOS DO ESTADO ISLÂMICO CONTROLAM OFERTA DE TRIGO E ÁREAS DE CULTIVO NO IRAQUE

Depois de tomarem cinco campos de petróleo e a maior represa do Iraque, terroristas sunitas alucinados determinados a criar um califado no Oriente Médio agora controlam outra poderosa arma econômica - o suprimento de trigo. Os terroristas do Estado Islâmico dominaram vastas áreas em cinco das mais férteis províncias iraquianas, onde cerca de 40% do trigo é cultivado. O grupo está se servindo dos grãos armazenados em silos do governo, moendo-os e distribuindo a farinha no mercado local, afirmou uma autoridade do Iraque. O Estado Islâmico até tentou revender trigo contrabandeado ao governo para financiar seu esforço de guerra. Autoridades internacionais estão fazendo comparações desagradáveis com os dias de penúria do ditador Saddam Hussein, quando sanções ocidentais causaram um sério desabastecimento nos anos 1990. "Este é o pior momento de insegurança alimentar desde a época das sanções, e as coisas estão piorando", disse Fadel El-Zubi, representante iraquiano da FAO. Embora o país não esteja diante de uma carestia imediata, as perspectivas no longo prazo são de profunda incerteza. Hassan Nusayif al-Tamimi, líder de um sindicato nacional independente de cooperativas de agricultores, disse que os militantes intimidam qualquer produtor que tente resistir. Cerca de 400 mil agricultores estão vivendo sob o controle dos militantes e sem esperança de serem pagos pelo trigo que entregaram antes da ofensiva rebelde. "Nenhum fazendeiro recebeu seu dinheiro", afirmou Zubi. A FAO trabalha em regime de urgência para enviar três mil toneladas de sementes de trigo para os agricultores plantarem, disse. O envio das sementes é vital para que outras agências da ONU que já socorrem centenas de milhares de pessoas não fiquem sobrecarregadas com a alimentação de mais iraquianos. O Ministério do Comércio do Iraque afirmou que 1,1 milhão de toneladas de trigo que comprou de agricultores na safra atual está em silos nas cinco províncias, o que representa quase 20% do consumo anual do país.

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