quarta-feira, 20 de agosto de 2014

TERRORISTA DO CALIFADO QUE DECAPITOU JORNALISTA AMERICANO TEM ORIGEM BRITÂNICA

O homem que aparece com o rosto coberto no vídeo da decapitação do jornalista americano James Foley nasceu em Londres e é conhecido como John, segundo informações divulgadas nesta quarta-feira pela imprensa britânica. Ele atua com outros dois britânicos que fazem parte do grupo terrorista Estado Islâmico e são encarregados dos reféns estrangeiros, informou o jornal The Guardian. O trio foi apelidado por outros jihadistas de ‘Os Beatles’, devido a sua nacionalidade. John mantém sua base em Raqqa, na Síria, e é descrito como um homem bem-educado e inteligente, mas altamente comprometido com o grupo terrorista que tem espalhado a selvageria em um vasto território entre o Iraque e a Síria. A estética da barbárie difundida pelos jihadistas funciona como arma de propaganda para aterrorizar os inimigos e garantir a obediência das populações das cidades conquistadas e para atrair desajustados como John, de todas as nacionalidades. O governo britânico retirou os passaportes de 23 moradores da Grã-Bretanha por suspeitar que eles se preparavam para viajar para o Oriente Médio para se apresentar ao Estado Islâmico. O primeiro-ministro David Cameron interrompeu suas férias depois da divulgação do vídeo e se disse “profundamente chocado” com a brutalidade dos terroristas. “Isso é profundamente chocante. Mas sabemos que britânicos demais viajaram para o Iraque e para a Síria para participar do extremismo e da violência. O que devemos fazer é redobrar nossos esforços para parar essas pessoas”, ressaltou o premiê. Especialistas advertiram que os terroristas britânicos integrados às fileiras do Estado Islâmico (o Califado) estão entre os mais “cruéis e insensíveis” assassinos em ação na região e não são apenas operadores das atrocidades, mas também ocupam posições de liderança. Mais de 500 cidadãos da Grã-Bretanha teriam viajado para o Iraque e a Síria, desde o início do conflito neste país, três anos atrás. Metade teria retornado à Grã-Bretanha. Outro britânico, Waheed Majeed, realizou um ataque suicida na Síria no início deste ano. “Temos visto britânicos operando como suicidas, como executores. Infelizmente, eles estão entre alguns dos mais cruéis e ferozes militantes. Infelizmente, isso é apenas parte de sua radicalização”, disse ao jornal Daily Telegraph, Shiraz Maher, do Centro de Estudos da Radicalização do King’s College, em Londres. O homem que assassinou brutalmente o jornalista americano também foi um dos principais negociadores da libertação de onze reféns do Estados Islâmico no início deste ano. Agentes do FBI, do MI5 – o serviço secreto britânico – e da Scotland Yard tentam estabelecer a identidade exata do terrorista.

Nenhum comentário: