domingo, 24 de agosto de 2014

SEM OBRA, REPRESA EM SÃO PAULO PERDE 35% DE SUA CAPACIDADE

A Represa Taiaçupeba, em Suzano, na Grande São Paulo, previa uma expansão há três anos. Na ocasião, famílias chegaram a ser retiradas das margens para que uma área maior pudesse ser inundada. Mas Taiaçupeba ainda opera com menos 35% da capacidade de armazenamento. A área onde cabem 46,9 bilhões de litros adicionais para a produção de água do Sistema Alto Tietê está tomada de mato e cortada por uma estrada. Se o reservatório tivesse sido inundado desde 2011, o sistema – segundo maior manancial que abastece a Grande São Paulo – poderia estar hoje com um volume disponível 9% maior."Se esses braços da Taiaçupeba tivessem sido inundados lá atrás, certamente nós estaríamos hoje em uma situação melhor. Talvez não precisássemos usar o volume morto do manancial", afirma o engenheiro José Roberto Kachel, ex-funcionário da Sabesp e integrante do Comitê da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê. Segundo ele, o volume útil do sistema, que também enfrenta crise de estiagem, pode zerar em cerca de cem dias, caso não volte a chover. Na sexta-feira, o Alto Tietê estava com 17,3% da capacidade, a mais baixa da história. Isso significa que restam hoje, nas cinco represas do manancial, cerca de 90 bilhões de litros. Se a Taiaçupeba, segundo maior reservatório do sistema, estivesse operando com capacidade máxima, o volume poderia ser de 137 bilhões de litros, ou 26,3% da capacidade total do Alto Tietê, que só fica atrás do Sistema Cantareira em volume armazenável.

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