sábado, 16 de agosto de 2014

SECRETÁRIO DE SÃO PAULO DESMENTE PEZÃO E DIS QUE DO JAGUARI NÃO AUMENTOU

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), chegou a divulgar na sexta-feira, 15, que o governo do Estado de São Paulo havia recuado em sua posição e a Companhia Energética de São Paulo (Cesp) teria aumentado a vazão do reservatório do Rio Jaguari de 10 metros cúbicos por segundo para 30 m³/s, como determinou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O recuo acabou posteriormente negado por Cesp. “Hoje, a Cesp liberou a vazão que foi acordada com as agências reguladoras, o sistema elétrico e a (concessionária de energia do Rio) Light. Ninguém quer prejudicar São Paulo, mas os interesses do Rio de Janeiro e de Minas têm de ser colocados na mesa para discussão, para dialogar”, afirmou ele à tarde. Ele acrescentou que o complexo de represas de Ribeirão das Lajes, que inclui a usina hidrelétrica de Santa Cecília, não oferece apenas energia elétrica, mas integra o sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana do Rio de Janeiro e da capital. “É fundamental manter a vazão acordada (30 m³/s no reservatório de Jaguari)". Após a notícia ganhar repercussão, acabou desmentida pelo governo de São Paulo. “Esclarecemos que não houve alteração na operação da Usina Jaguari, cuja vazão permanece em 10 m³/s, conforme determinação do DAEE (Departamento de Águas e Energia Elétrica) e atendendo à Lei Federal 9.433/97 (que dá prioridade à água para consumo humano). O conjunto Jaguari-Paraibuna está atendendo os 90 m³/s necessários”, afirmou a Cesp, em nota oficial. Antes, Pezão havia destacado que tem conversado constantemente com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e com diretores dos órgãos federais e da Agência Nacional de Águas (ANA). A ANA prorrogou até 30 de setembro a vazão mínima da barragem de Santa Cecília, no Rio Paraíba do Sul, em 165 m³/s. Em 17 de julho, a agência reguladora havia autorizado a redução da vazão, que estava em 190 m³/s. A prorrogação foi publicada na sexta-feira no Diário Oficial da União. Segundo a agência, o objetivo é preservar os estoques de água nos reservatórios da bacia do Paraíba do Sul, incluindo as barragens de Paraibuna, Santa Branca, Jaguari e Funil.

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