segunda-feira, 11 de agosto de 2014

RIO DE JANEIRO PROMETE ENTREGAR OBRAS DA OLIMPÍADA NO PRAZO, EMBORA ALGUMAS MAL TENHAM COMEÇADO

O primeiro dos 45 eventos-teste dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, na Baía de Guanabara, terminou no sábado com o saldo do brasileiro Robert Scheidt em quarto lugar da classe Laser e com a constatação de que ainda é preciso muito trabalho para despoluir as águas onde vão ocorrer as regatas olímpicas. A dois anos do início da Rio-2016, a maior parte dos 33 complexos esportivos que vão abrigar as competições ainda não está pronta. Dentre as maiores preocupações da organização estão o Complexo Esportivo de Deodoro e a Baía de Guanabara, ainda muito poluída. Obras de infraestrutura e mobilidade urbana também precisam ser aprimoradas para que os torcedores possam se locomover sem transtornos pelas quatro regiões que abrigarão os Jogos (Barra, Copacabana, Maracanã e Deodoro). O Maracanã, que receberá as cerimônias de abertura e encerramento, e a Arena Olímpica, sede da ginástica, já estão funcionando e vão precisar de alguns ajustes para receber os eventos. Diante deste cenário, o prefeito Eduardo Paes e o Comitê Organizador esbanjaram otimismo e prometeram dar ao Rio de Janeiro o maior legado olímpico da história. No início do mês, Paes informou que o orçamento total dos jogos será de 37 bilhões de reais, a maior parte bancada pela iniciativa privada. “Estes são os Jogos do recorde de recursos privados. Teremos o maior legado da história das Olimpíadas". Em discurso inflamado, Paes comparou fotos do Maracanã e do Engenhão com uma imagem de 2010 do Estádio Olímpico de Londres, para justificar a tese de que o Brasil está mais avançado que a capital inglesa, a dois anos da abertura. Detalhe: ao contrário dos palcos brasileiros, o estádio inglês não existia antes dos Jogos de 2012. De acordo com Joaquim Monteiro, presidente da Empresa Olímpica Municipal, órgão da prefeitura que coordena todos os projetos, 55% das instalações esportivas já estão prontas e todos os projetos de infraestrutura já foram inciados. Mas ao visitar as obras a impressão é que não se pode perder tempo. Ao todo, a Olimpíada de 2016 terá 29 instalações permanentes e oito temporárias. Todas já tiveram suas obras iniciadas e têm prazo final de entrega estipulado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) para janeiro de 2016. Estruturas grandiosas, como a vila olímpica, o centro de imprensa e o campo de golfe, estão em estágio inicial e o prefeito carioca afirmou que deve haver uma "tranquilidade vigilante" em todas as instalações.

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