quarta-feira, 13 de agosto de 2014

PLANTIO DE TRANSGÊNICOS NO BRASIL DEVE AUMENTAR 3,9% NA SAFRA 2014/15

A área cultivada com soja, milho e algodão transgênicos deverá aumentar 3,9% em 2014/15 ante a temporada anterior, para 42,2 milhões de hectares, com ganhos de produtividade atraindo agricultores para o uso da biotecnologia, apontou a consultoria Céleres em sua primeira estimativa para o ciclo. Se compiladas as três culturas, a taxa de adoção da tecnologia transgênica atinge 89,2%, à medida que agricultores buscam produtos resistentes a insetos e tolerante a herbicidas, disse a Céleres. A consultoria citou ganhos do lado operacional, "na medida em que se avança com novas tecnologias, reduzindo aplicações de defensivos agrícolas e facilitando o manejo". Sementes transgênicas de soja deverão cobrir uma área de 29,1 milhões de hectares em 2014/15, o aumento de 6,1% ante o ciclo anterior - 93,2% da área plantada no Brasil terá o produto geneticamente alterado. A tecnologia que mais atrai a atenção dos produtores na temporada, cujo cultivo tem início em meados de setembro, é a que contém genes combinados, resistentes a insetos e tolerante a herbicida, que atingiu fatia de 16,5 por cento do total a ser semeado. "Resultados finais da safra 2013/14 trazem boas perspectivas para o evento transgênico, pelo ótimo controle de lagartas, possibilitando ainda mais facilidade operacional", afirmou a Céleres, notando que essa soja com genes combinados está apenas em seu segundo ano. No caso do milho verão, porém, a Céleres vê queda de 2,3%, e no caso da safra de inverno o percentual de área cultivado com sementes transgênicas deve ficar estável, em meio a um mercado com preços baixos para este produto. "Nesse sentido, é de se esperar menores investimentos na cultura, utilizando sementes de média tecnologia, que ofereçam boas produtividades e redução de custos." Ainda assim, a área com milho geneticamente modificado (verão e inverno) será de 12,5 milhões de hectares, com taxa de adoção de 82,4%. A taxa de adoção de transgênicos para o algodão será mantida em 65% do total da safra, cujo plantio vai recuar 18% na próxima temporada em função dos baixos preços praticados no mercado interno, que têm limitado a rentabilidade da cultura em 2013/14.

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