segunda-feira, 4 de agosto de 2014

FIRJAN DIZ QUE A INDUSTRIA TEME GASTAR US$ 1 BILHÃO DE DÓLARES AO ANO COM EVENTUAL FIM DO INCENTIVO AO GÁS

As indústrias brasileiras terão que pagar pelo menos 1 bilhão de dólares por ano a mais pelo gás natural que consomem caso a Petrobras retire totalmente descontos concedidos ao combustível no mercado doméstico desde 2011, segundo estimativa da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Desde setembro do ano passado até agora, a Petrobras já reajustou em 6,5% o preço médio do gás natural nacional para uso não termelétrico, segundo a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás). Os reajustes ocorrem depois de a Petrobras ter adotado, em 2011, uma política de incentivo ao consumo do gás produzido no País que, ao dar descontos nos contratos de venda às distribuidoras, evitava a escalada de preços do combustível. "Esse incentivo é tão crucial que mesmo com ele o preço já é muito alto", disse o gerente de competitividade industrial e investimentos do Sistema Firjan, Cristiano Prado. O especialista destacou que o preço médio do gás natural consumido pela indústria brasileira em maio foi de 17,45 dólares por milhão de BTU, enquanto nos Estados Unidos o preço era quase 70% mais baixo, a 5,62 dólares. A alta do insumo no Brasil ocorre em um momento em que ausência de reajustes dos preços do diesel e da gasolina pressiona fortemente os resultados financeiros da Petrobras. O cenário aumenta o temor da indústria de que a estatal faça uma retirada completa dos descontos. "Se tirasse todo o desconto, passaria de 17,45 dólares para 20,37 dólares por milhão de BTU", disse o especialista.

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