sexta-feira, 1 de agosto de 2014

DIRETÓRIO ESTADUAL DO PT PAULISTA EXPULSA O DEPUTADO-BOMBA LUIZ MOURA, PARCEIRO DO PCC

O diretório do PT em São Paulo ratificou nesta sexta-feira a expulsão do seu deputado estadual Luiz Moura, parceiro do PCC, anunciada na quinta-feira pela executiva estadual do partido. A decisão do diretório foi unânime – até a corrente de Moura, a PT de Lutas e de Massas (PTLM), votou por sua expulsão. O deputado petista foi flagrado em reunião da qual participaram 18 integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele também é investigado pelo Ministério Público de São Paulo por ter sido sócio de uma empresa de transporte de passageiros suspeita de lavar dinheiro para o PCC. O nome do parlamentar é citado em apuração de promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) sobre vínculos da facção criminosa com cooperativas de perueiros que operam na capital paulista. Sem filiação partidária, o parlamentar deve ser impedido de concorrer à reeleição na Assembleia Legislativa. Mas seu registro de candidatura ainda será julgado pela desembargadora Diva Malerbi, do Tribunal Regional Eleitoral. "O Luiz Moura afrontou o PT levando para os tribunais uma disputa interna do nosso partido", disse o presidente do PT paulista, Emídio de Souza. Entendam bem: pela voz do partido, ele afrontou o PT não porque tivesse sido cúmplice ou parceiro do PCC, mas porque foi à Justiça defender o seu direito de ser candidato. Está claro, o PT o expulsão não porque é parceiro do PCC, mas por ter discordado de uma decisão do partido. Ou seja, o PT acha normal ser parceiro da bandidagem, do PCC, do crime organizado. O que não pode é algum petista discordar de decisão do partido. "Ele não tinha o apoio nem da própria corrente dele. Não houve uma intervenção sequer a favor dele, nem dos dirigentes mais próximos a ele", disse o dirigente do PT. Ora, como o sujeito iria ter algum defensor, se já foi completamente demonizado dentro do partido? Luiz Moura terá dez dias para recorrer ao diretório nacional. Se o fizer, a expulsão ficará suspensa temporariamente. O deputado alega que o processo disciplinar a que foi submetido estava "viciado". A direção nacional do PT, porém, deu aval à desfiliação forçada do parlamentar. Luiz Moura afirma que só entregará seu mandato por ordem da Justiça.

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