terça-feira, 12 de agosto de 2014

DILMA LAMENTA A LENTIDÃO DAS OBRAS.... SÓ FALTOU RECLAMAR: "E O GOVERNO NÃO TOMA NENHUMA PROVIDÊNCIA!"

A presidente Dilma Rousseff concedeu na manhã desta segunda-feira uma entrevista ao grupo RBS, no Palácio da Alvorada, que foi ao ar à tarde. Quem falava era a candidata, como fica evidente, mas eu me interesso por algumas coisas estranhas ditas pela presidente.

A chefe da nação, vejam vocês, se disse inconformada com a demora para a realização de obras públicas… É mesmo, é? Afirmou, prestem bem atenção: “Uma das questões fundamentais do meu próximo governo é simplificar os processos de realização de obra. Não para não fiscalizar, não para não respeitar o meio ambiente, mas para poder realizar as obras que o Brasil precisa com a rapidez que o Brasil precisa. Todo santo dia. Como governante, nós ficamos inconformados. A gente corre atrás, a gente vai atrás”. Ao se referir à demora para a concessão das licenças ambientais, afirmou: “Ninguém dentro da esfera federal pode não ter prazo. Todos nós temos que ter prazo”.
Vamos lá. Ainda que os atrasos se devessem mesmo à demora nas concessões das licenças, como esquecer que o PT está no poder há 12 anos? Dilma chegou a ter uma maioria no Parlamento de padrão quase chinês ou cubano. O partido que viu, de fato, crescer a dificuldade na concessão de licenças só descobriu agora o problema? Não é crível. De todo modo, sabemos que as dificuldades com as licenças foi apenas um dos entraves. Infelizmente, a incompetência é que falou mais alto.
Ouvindo a fala de Dilma, a gente fica com a impressão de que ela vai reclamar a qualquer momento: “E o governo não toma nenhuma providência!”. Mas o governo, afinal, é… Dilma!
Alheia à realidade, como já apontei aqui, a presidente assegurou que Graça Foster vai continuar à frente da Petrobras, embora a Polícia Federal já tenha aberto um inquérito para apurar se ela omitiu do Senado informações relacionadas à compra da refinaria de Pasadena (EUA) e sobre a existência de contratos celebrados pela empresa de seu marido, Colin Foster, com a estatal. Um segundo deve ser aberto nesta semana para investigar a denúncia de que ela teria combinado com senadores da base aliada na CPI da Petrobrás as perguntas que lhe seriam feitas na comissão. Mais: Graça pode ser incluída no relatório do TCU como corresponsável pelos prejuízos com a compra da refinaria e ter seus bens tornados indisponíveis.
Ao defender a presidente da Petrobras, Dilma chegou a lastimar a suposta exploração política do caso, lembrando que a Petrobras “é a maior empresa do país…”. É? Por isso mesmo, cabe a pergunta: a estatal pode ter uma presidente nessa situação? A petista acha que sim. Então tá. Por Reinaldo Azevedo

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