terça-feira, 12 de agosto de 2014

CONTADORA LIGA O DOLEIRO ALBERTO YOUSSEF AO GOVERNO DE ROSEANA SARNEY, A ALIADA DO PT

Em depoimento à Polícia Federal, a contadora Meire Bonfim da Silva Poza, suspeita de envolvimento no esquema desbaratado pela operação Lava Jato, ligou o doleiro Alberto Youssef, figura central das investigações, ao governo do Maranhão. Segundo ela, Youssef negociou diretamente, a mando das construtoras UTC e Constran, o pagamento de R$ 6 milhões em propinas para que o governo maranhense antecipasse o pagamento de um precatório de R$ 120 milhões que beneficiava as empresas. O precatório foi fruto de um contrato na metade da década de 1980 para serviços de terraplanagem e pavimentação da BR-230. Era o quinto na ordem de liberação, mas de acordo com o depoimento da contadora, após o pagamento da propina a construtora “furou a fila” e o pagamento foi liberado parceladamente. O valor se refere a 15% cobrado pelo doleiro. Questionada sobre quais pessoas estariam envolvidas, a contadora apontou um funcionário da Casa Civil, identificado como João Guilherme, a presidente do Instituto de Previdência do Maranhão, Maria da Graça Cutrim, o diretor financeiro do instituto, um assessor identificado pelo nome de Bringel, e uma procuradora do Estado. A contadora afirma que se reuniu com um funcionário do governo do Maranhão, Adarico Negromonte, irmão do deputado Mário Negromonte (PP/BA), para entregar R$ 300 mil que "seriam parte do acordo". Ela declarou que o assessor lhe disse que teria que consultar a governadora porque o valor "era pouco".

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