domingo, 24 de agosto de 2014

ARRECADAÇÃO SOMA R$ 98,8 BILHÕES NO MÊS PASSADO, O PIOR RESULTADO PARA O MÊS DE JULHO DESDE 2010

A arrecadação federal somou 98,816 bilhões de reais no mês passado, com queda real de 1,6% sobre um ano antes, pior resultado para julho desde 2010 influenciado pela desaceleração da economia e que coloca ainda mais em xeque a meta de superávit primário neste ano. A Receita Federal informou na sexta-feia que, no mês passado, o recolhimento de impostos e contribuições foi afetado pela queda da produção industrial e da venda de bens e serviços, além da renúncia tributária de 8,108 bilhões de reais. Diante desse quadro, informou o secretário-adjunto da Receita, Luiz Fernando Teixeira, a previsão de expansão real - já descontada a inflação - de 2% na arrecadação neste ano não será cumprida. Em linha com a economia fraca, o recolhimento dos principais tributos federais recuou, em termos reais, em julho deste ano em comparação a um ano antes: Imposto sobre Importação (-17,54 por cento), Cofins (-8,05 por cento) e Imposto de Renda total (-0,60 por cento). No acumulado do ano, a arrecadação somou 677,410 bilhões de reais até julho, praticamente estagnada em relação a igual período do ano anterior, mostrando variação real positiva de apenas 0,01%. Neste período, a renúncia tributária por desonerações somou 58,813 bilhões de reais, ante 42,257 bilhões de reais nos sete primeiros meses do ano passado. A arrecadação fraca e a dificuldade de controle das contas públicas ameaçam o cumprimento da meta de superávit primário do setor público consolidado deste ano, de 99 bilhões de reais, ou 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB).

Nenhum comentário: