quinta-feira, 17 de julho de 2014

O EX-COMUNISTA E AGENTE DA KGB PUTIN DIZ QUE A UCRÂNIA É RESPONSÁVEL PELA DERRUTADA DO AVIÃO DE PASSAGEIROS DA MALAYSIA AIRLINES

O presidente da Rússia, o ex-comunista e ex-agente da KGB Vladimir Putin, resolveu se defender culpando a vítima. Nesta quinta-feira à noite, ele afirmou que o governo da Ucrânia é "responsável" pela derrubada do vôo MH-17 da Malaysia Airlines, que transportava 295 pessoas. O governo ucraniano culpou os separatistas pró-Moscou que agem no leste do país de disparar contra a aeronave, mas no raciocínio torto e deturpado do sanguinário Putin, Kiev é a culpada, por ter criado um cenário para a tragédia ao não negociar com os rebeldes. "Sem dúvida, o governo em cujo território isso aconteceu é responsável por essa terrível tragédia", disse Putin, de acordo com um comunicado. Na sequência explicou o raciocínio perturbado de culpar justamente o país que vem sendo alvo das suas ambições imperialistas, afirmando que nada disso teria acontecido se o governo do presidente ucraniano Petro Poroshenko não tivesse reiniciado a ofensiva contra os rebeldes no início de julho. "Essa tragédia não teria acontecido se houvesse paz nessa terra, ou se Kiev não tivesse reiniciado a ofensiva no sudeste da Ucrânia", afirmou, como se o normal fosse que os ucranianos observassem seu país se esfacelar sem oferecer nenhuma resistência. O presidente expressou condolências aos familiares das vítimas e afirmou ainda que deu instruções aos militares do país para que ajudem na "investigação do crime". Por fim, disse que "ninguém tem o direito de tirar conclusões sem informações objetivas do incidente". Nós últimos meses, o governo da Ucrânia acusou a Rússia de enviar agentes para o leste do país e fornecer munição, armas antiaéreas e até tanques para os rebeldes. Além do discurso distorcido de Putin sobre a tragédia, a imprensa russa também chegou a divulgar uma tese estapafúrdia de que o alvo do míssil teria sido a aeronave que levava o presidente russo de volta a Moscou, depois de uma visita ao Brasil para participar da Cúpula dos Brics. No total, a aeronave da Malaysia Airlines que ia para Kuala Lumpur, na Masália, levava 280 passageiros e 15 tripulantes. Autoridades ucranianas afirmaram que o vôo MH-17 foi derrubado por um sistema antiaéreo Buk, também conhecido como SA-11.

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