quinta-feira, 31 de julho de 2014

MAIORIA DOS ARGENTINOS CULPA O PRÓPRIO GOVERNO POR CALOTE FINANCEIRO

Um levantamento da consultoria Management & Fit aponta que, para 44,2% dos argentinos, o governo da peronista populista e muito incompetente Cristina Kirchner é o responsável pelo fato de os credores terem tomado um calote. Em segundo, aparece a opção "todos os envolvidos", com 18,1%. Em terceiro é o juiz Thomas Griesa, com 17,6% das respostas. Os fundos que não aceitaram as trocas de títulos dos anos de 2005 e 2010 são responsabilizados por 9% dos respondentes. O resto afirma não saber. A pesquisa ouviu 1.054 pessoas, por telefone e presencialmente, entre os dias 23 e 29 de julho - o calote, portanto, era só uma possibilidade. Na quarta-feira (30) venceu um dos prazos da dívida da Argentina. Os credores não receberam seu dinheiro. Por uma decisão do juiz Thomas Griesa o país só poderia honrar esse pagamento caso acertasse sua situação com um grupo de devedores cuja dívida Buenos Aires não reconhece: são detentores de títulos que estão em calote desde 2001. O país os procurou em 2005 para voltar a pagar, mas por um valor menor. Eles não aceitaram e procuraram a Justiça. Um deles, o fundo NML, venceu o país na Corte dos Estados Unidos. Ao anunciar que não chegou a um entendimento com o NML, o ministro da Economia, Axel Kicillof, afirmou que a culpa "está nas costas do juiz Thomas Griesa". Ele disse ainda que não há calote, pois a Argentina depositou o dinheiro. Nesta quinta-feira (31) pela manhã, o chefe do gabinete de Cristina Kirchner, Jorge Capitanich, disse "os credores devem exigir ao juiz o recebimento dos seus fundos que foram depositados pela Argentina". A pesquisa também tentou apurar qual o grau de conhecimento que os argentinos têm da crise da dívida: 31,8% disseram não estar informados. Os que afirmaram estar inteirados são 50,6%. E 12,5% disseram estar muito bem informados sobre o caso. O restante não respondeu. Segundo Mariel Fornoni, gerente da Management & Fit, uma nova pesquisa está sendo feita. "Acredito que os resultados vão ser muito parecidos", completou.

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